CAPÍTULO #2

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Tudo foi uma cena de horror

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Tudo foi uma cena de horror.

Um pesadelo!

Queria acordar e ver que tudo não passava de um sonho ruim, e que quando eu levantasse da cama tudo estaria em ordem, todos estariam a salvo. Mas não…

Era real.

MAMMA! PAPÀ!! — Ouço os gritos de súplica de Fabb, enquanto a via sendo segurada por dois miseráveis. Eu estava há alguns metros de distância, sendo obrigado a ficar ajoelhado, com meus pulsos algemados por grossas algemas atrás das minhas costas, com uma corrente ligada às algemas dos tornozelos, me deixando imóvel.

Mas não era necessariamente por isso que eu permanecia parado. Estávamos vendo nossa vida desabando, e pior do que ser torturado, era ver nossos pais sofrendo por horas e mais horas, torturados até a morte na nossa frente. Eu não derramei uma gota de lágrima, não me movi. Estava em choque demais para isso. Eu não conseguia chorar. Eu não podia.

Olho para a minha irmã, aos prantos, desesperada e tentando de todas as formas se soltar, mesmo que inutilmente, ela demonstrava fazer alguma coisa, mesmo que não tivesse treino nenhum para derrubar aqueles homens.

— Cuide de sua irmã, figlio… — Minha atenção é voltada quando ouço a voz de meu pai sair por um sussurro, sem forças. Ele já estava irreconhecível e seus olhos se fechavam lentamente. Senti meu peito se dilacerar em milhões de pedaços, sabendo que ali era o fim. Meus pais foram assassinados e eu não pude fazer nada para protegê-los.

— Vocês virão conosco! — Um homem alto e de porte atlético me puxou com toda a força, me jogando para dentro de uma Van. E não demorou para fazerem o mesmo com minha irmã. Ela não parava de chorar, machucada e sentindo a dor pela perda dos nossos pais. Eu estava no escuro, sem saber o que fazer. Não conseguia raciocinar direito.

Cazzo!

Eu podia ouvir murmúrios aleatórios e informais dos homens que dirigiam a Van e dos risinhos nojentos dos dois homens que estavam na parte detrás do veículo junto com a gente, cutucando minha irmã, a provocando e soltando palavras nojentas para ela, que só contribuíam para deixá-la apavorada.

Minha vontade era de chutar os dentes dos dois, mas eu estava completamente preso e não entendendo o motivo por ainda nos deixarem vivos. Ou talvez eu imaginasse…

A fortuna do império italiano.

Só a Famiglia tinha acesso a todos os comandos e senhas. Era protegido por uma forte tecnologia criada por um hacker da família norueguesa, nossa mais forte aliança e que nos manteve seguros por séculos, de geração para geração. Mas agora, eles precisavam de alguém para liberar esses acessos e portarem toda a nossa fortuna.

Mas de uma coisa eu tenho certeza…

Me torturem o quanto quiserem, mas irei levar todo o acesso às contas para o túmulo junto comigo!

Demorou longos minutos, talvez horas, para eles pararem a Van e aqueles dois homens nos retirarem do veículo. Eu fui o primeiro a ser jogado para fora, bolando numa área deserta, e pelo mal jeito que me empurraram, acabei machucando minha perna e ralando meu braço, o que me fez gemer baixinho de dor.

— Faz alguma coisa! — Olho para minha irmã, caída ao meu lado. Seu olhar agora transmitia raiva e tristeza. — Nossos pais morreram e você simplesmente não reage?! — Exclamou, em fúria, em meio às lágrimas grossas que molhavam seu rosto. Engulo em seco, não tendo tempo para respondê-la, pois logo sou puxado pelo braço. A dor ficou mais forte enquanto um dos homens me fazia ficar de joelhos novamente. Minha perna direita sangrava pela queda, mas isso era o de menos agora.

— Podemos fazer do jeito fácil ou do jeito difícil… o que preferem? — Um homem parou à minha frente, se inclinando para ficar cara a cara comigo. Ele era careca e sua pele era queimada pelo sol. Seu sotaque era forte e me lembrava de algum lugar, mas não consegui identificar com certeza de onde.

— Vai para o inferno, figlio di puttana! — Ralho, e logo sou atingido no rosto por um forte soco, me fazendo cuspir sangue, sentindo a forte dor me atingir. E isso piora quando ele segura meu queixo com força, me obrigando a olhá-lo.

— Não banque o super-herói agora, querido. Não é uma boa escolha. Você é só uma fracote que deixou seus pais morrerem facilmente. Não serve para ser nada além de um saco de pancadas! — Exclamou, me chutando com toda a força no estômago, me tirando completamente o ar, caindo no chão. Acho que ouvi algo se quebrando em mim. — Pare de dificultar as coisas e libere o acesso do império Italiano para mim. Fará isso por bem… ou por mal! — Ameaçou, agarrando meus cabelos com força. Me mantive em silêncio, me recusando a falar qualquer coisa, e logo sou atingido novamente no rosto, sendo mais uma vez derrubado naquela terra áspera e seca. Ele não se satisfez com isso e desferiu mais dois chutes em minha costela, me fazendo gritar pela dor, cuspindo mais sangue.

— PARE! PARE! Eu conto! — Arregalo os olhos ao ouvir Fabb. Ela só pode ter ficado louca!

— CALE A BOCA, FABB! — Grito, com todas as forças que me restam, chamando sua atenção.

— Pelo visto, se preocupa muito mais com a droga dessa fortuna do que com a vida que foi tirada dos nossos pais! Pouco me importa a droga desse dinheiro! Eu não quero mais ver ninguém morrer! — Exclamou, aos prantos. Balanço a cabeça, irritado.

— Não seja tola! Vamos morrer de qualquer jeito! — Rebato e mais uma vez sou atingido no rosto, me fazendo grunhir de dor.

— É por isso que dizem que mulheres sempre têm razão. Vamos, meu bem… diga para mim o acesso. — O desgraçado sorriu amarelo, caminhando em direção a Fabb, se abaixando à frente dela e com uma presunção asquerosa. Eu mal conseguia me mover, com dor em todo o meu corpo e os sentidos afetados pelos socos. Eu nem conseguia mais escutar direito.

Me perdoa, papà… me perdoa, mamma…

Meu corpo estava quase cedendo à escuridão, quando comecei a ouvir altos barulhos de tiros. Tudo que vi, foi o homem que estava de frente para a minha irmã agora cair para o lado, com um buraco na lateral de sua cabeça, a atravessando.

Sinto fortes mãos me erguerem do chão, o que me arrancou fracos gemidos de dor. Eu não sabia dizer o que estava acontecendo, mas meu corpo não suportou continuar acordado por mais tempo.

Então eu apaguei antes de ver quem estava me carregando agora…

KING OF SEX - Livro 1 Onde histórias criam vida. Descubra agora