CAPÍTULO #48

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— Esse aqui será seu quarto

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— Esse aqui será seu quarto. Fique à vontade. — Franklyn falou, risonho. Caminho pelo quarto, com as mãos para detrás do corpo, analisando o espaço minuciosamente, em cada canto. — Não há câmeras, Vee. — Franklyn falou, como se pudesse ler meu pensamento. Pego um vaso com flores que nunca saberia o nome correto, olhando embaixo e dentro do vaso, ignorando completamente o que ele havia dito.

— Nunca se sabe. — Comento, voltando a pôr o vaso no lugar e olhando para Franklyn, que estava sorrindo, de braços cruzados e encostado no batente da porta.

— Sempre desconfiado… Bem, onde estão suas coisas?

— Aqui. — Insinuo, deslizando as mãos pelo meu próprio corpo, vendo Franklyn fechar o sorriso, me encarando com repreensão.

— Você continua com essa mania de não levar nada para os lugares?! Vai passar dois meses aqui. O que vai vestir? — Questionou e eu dou de ombros.

— Uma roupa não demora a secar.

Na equipe de exilados… a situação é bem mais precária do que se preocupar apenas com a roupa do corpo.

Esse é o menor dos problemas.

Quem é jogado naquele pedaço do inferno, acaba se desapegando de bens materiais. Lá você luta para sobreviver. E, com sorte, alguns sobrevivem… uma taxa mínima…

— Vai tomar um banho, me deixe levar para lavar e aproveito para te trazer produtos básicos de higiene. — Insinuou, com um olhar sério e que não aceitaria não como resposta. Cheiro minha própria camisa, o encarando.

— Ainda posso usar mais um dia.

— Vee! — Franklyn repreendeu, o que me fez revirar os olhos. Ele tem a mania chata do Keera de ficar dando ordens e ser 100% correto.

Retiro meu colete e meu armamento, os deixando sobre a cama. Então começo a tirar minha roupa ali mesmo.

— Aqui. — Falo, vendo Franklyn desviar o olhar, envergonhado.

— E continua com a mania de esquecer que isso seria intitulado como atentado ao pudor. — Falou, o que me fez sorri.

— Não é como se eu seguisse leis. — Falo, indiferente, entregando as roupas a ele e seguindo para o banheiro. Pude ouvir Franklyn gritar que iria pegar toalha e outras coisas que não dei atenção.

Observo o banheiro particularmente grande e impecável, em tons de branco e cinza. Abro a tampa de um xampu, sentindo o cheiro. Era bom. Ligo o chuveiro, deixando a água cair sobre minha cabeça, molhando meu corpo, relaxando meus músculos. Às vezes esqueço do quão bom é isso…

Depois de tudo que passei, ignoro a maior parte desses luxos que para muitos são coisas básicas, simples de se ter. Não foi assim para mim e aprendi a não desejar incessantemente altos luxos como veículos esportivos, mansões sem fim ou roupas de marca. Nada disso faz sentido para mim. É como se não combinasse com a pessoa que eu me tornei.

KING OF SEX - Livro 1 Onde histórias criam vida. Descubra agora