CAPÍTULO #28

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— Como sumiu?! — Exclamo, sem entender

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— Como sumiu?! — Exclamo, sem entender. Franklyn chorava, desesperado, o que acabava me deixando tão preocupado quanto, não exatamente com a irmã dele, mas com ele próprio.

— As coisas dela não estão no closet! — Falou, exasperado, pegando o celular e ligando para alguém, suponho que seja a irmã dele. Depois de alguns segundos, Franklyn arregalou os olhos. — Fabb! Onde infernos você está?! Quer me matar de preocupação?! — Exclamou, e eu rapidamente me aproximei, pegando o celular e colocando no viva-voz.

Você preocupado? Em quê? Em foder com o capo? — Rebateu, o que me fez revirar os olhos, por algum motivo ficando feliz por essa pirralha não estar na minha casa. Por outro lado, era minha cunhada e infelizmente, o Franklyn a amava.

— Não fale comigo assim, Fabb… você me deixou preocupado sim. Só temos um ao outro…

Não. Você tem toda a família norueguesa te defendendo e colocando você no altar… literalmente, eu diria. Eu não sou bem vinda e não queria continuar em uma casa onde um bando de imbecis me encaram como se eu fosse a vilã!

— Isso porque você quase entregou nosso império para nossos inimigos… — Franklyn acusou, em um tom sério. Vejo Elliot passar pelo corredor, e logo o puxo para dentro do quarto, o vendo com uma rosquinha na boca e um prato cheio delas nas mãos.

Por que não estou surpreso?!

Rastreia. — Sibilo para ele, que logo olhou para o celular em que Franklyn conversava com Fabb. Elliot sorriu, tirando o celular do bolso e um cabo junto, conectando ambos os celulares, correndo para fora do quarto e voltando em poucos segundos com um notebook em mãos.

Estou pouco me fodendo para isso, se quer saber! Você foi um covarde! Não ligo para essa droga de dinheiro! Não tenho mais meus pais! Eu estou cansada disso! — Fabb exclamou, e pude ver Franklyn suspirar, passando a mão no rosto nervosamente.

— Esse é o mundo em que vivemos, Fabb… perdas acontecem e temos que lidar com isso. Você não está sendo racional, porra! — Franklyn alterou o tom, irritado. Era a primeira vez que o via perdendo a cabeça, e agradeci internamente por isso, pois eu mesmo já estava prestes a pegar aquele celular e mandar aquela menina para o quinto dos infernos.

— Fabb. — Elliot falou, chamando nossa atenção. Ele já estava com um fone no ouvido com microfone próximo à boca. Estava sentado na cama, com o notebook no colo e um olhar sério. — Aqui quem fala é Elliot Bergan, o responsável por manter a segurança do império Italiano. Entendo que uma perda dessa pode abalar muito o psicológico de alguém, mas você buscar por um culpado e jogar no lixo todo o legado dos seus pais não vai trazê-los de volta. Quer ser a menina insuportável e chorona que joga a culpa toda no seu irmão? Seja, mas isso não justifica o fato de você estar indo para o território português. — Falou, o que nos fez arregalar os olhos em espanto.

— O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO, FICOU MALUCA?!!! — Franklyn gritou, alterado.

— Não adianta dizer as senhas para os portugueses, caso essa seja sua intenção, o que eu duvido muito. Já mudei todos acessos e você já não tem mais conhecimento de nenhum. Sinto muito, mas não vou arriscar que o império Salvattore esteja em suas mãos. — Elliot ditou, sereno, tranquilo e com uma seriedade rara. Caius apareceu na porta do quarto, nos observando e pelo olhar já imaginava o que estava acontecendo. — Se estiver tentando alguma forma de se juntar a eles, saiba que irá ser a coisa mais burra que já fez em toda a sua vida. Eles não são seus aliados. São assassinos dos seus pais. No entanto, você está culpando o único membro que sobrou da sua família. Você realmente se importa com o que aconteceu?

Eu não te devo satisfações de nada! Você não me conhece e eu não quero mais continuar vivendo nessa merda…! — Pude ouvir um choro ao fundo e Elliot fechou os olhos, pensativo por poucos segundos.

— Entendo. — Falou, encerrando a ligação de repente e se levantando. — Caius, preciso que você e Rebeka a alcancem e a tragam de volta. — Elliot falou, com um tom convicto e que não aceitaria não como resposta. — A garota está indo para a morte e não está ligando para isso. Alguém precisa contê-la e só vocês dois conseguem isso. Rebeka conhece esse mundo na palma da mão e vai saber contornar os caminhos mais rápidos para chegar até Fabb. E você é bom caçar. Vai saber contê-la. — Caius não disse mais nada, apenas assentiu, se retirando. Elliot olhou de mim para Franklyn. — Relaxa, a idiota da sua irmã não vai morrer assim. — confortou, sorrindo levemente e pegando seu prato com rosquinhas, colocando outra na boca e pegando o notebook, saindo do quarto.

Franklyn suspirou, angustiado, se sentando na cama, cabisbaixo, passando as mãos nos cabelos nervosamente.

— Franklyn… — Chamo e ele balança a cabeça, como se negasse algo.

— Estou cansado… cansado das birras dela! O que ela está pensando…?! Que também não me machuca…?! — Resmungou, o que me fez suspirar, me aproximando dele. Me sento ao seu lado, o vendo se encostar em meu peito, mas se recusando a chorar.

— Vai ficar tudo bem… — Sussurro, tentando de alguma maneira confortá-lo, mesmo que eu fosse péssimo nisso.

Espero que sim…

KING OF SEX - Livro 1 Onde histórias criam vida. Descubra agora