Culpa?

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Alex

      Talvez seja culpa, carma ou algum caralho, mas o cheiro daquela mulher não sai da minha cabeça, eu sei que fui um filha da mãe por ter mandado ela em um alojamento cheio de peões que não veem um mulher há muito tempo, mas ela mexeu comigo de uma forma assustadora, sei que não é da forma romântica e essas babaquices, só me senti vulnerável e odeio me sentir assim.

Durante o jantar Sandro e Magali não paravam de falar como eu fui cruel com a garota e blá-blá-blá, só me fez ficar me sentindo mais imbecil ainda, mas me preocupei de fato quando Sandro disse que a tal da Cristal era linda e atraiu a atenção dos peões de forma assustadora, falou que a própria parecia apavorada quando percebeu, bem eu me fingi de durão, termei o jantar, tomei um banho e fui deitar, meu corpo estava cansado da lida do dia, mas minha mente me torturava, como eu já sabia que não conseguiria dormir minha consciência idiota me levou até o alojamento.

Já faz quase uma hora que estou aqui, está tudo muito calmo, fora os animais e insetos que embrenhar o mato fazendo suada, não escuto um movimento humano, droga eu sou um idiota, tinha que está dormindo agora, não vigiando a cabana dela que eu nem sei direito qual é, melhor eu voltar para casa, tenho que dormi amanhã a lida vai ser ainda mais pesada, estou esperando uma carga de rações, começo a ir de volta ao casarão, quando escuto passos e sussurros, ainda não dá para identificar quem é, mas deve ser apenas os peões indo caçar, a
ás vezes eles fazem isso á noite, mas eu os deixo a vontade, desde que não atinja nenhum de meus animais. Decido continuar indo para casa, parei quando escuto a voz dela, o som era baixo, mas consegui escutar e isso me atinge, pela primeira vez tenho medo de não chegar a tempo.

Cristal- Saiam daqui, o que estão fazendo aqui?- Merda invadiram seu alojamento, eu começo a voltar rápido.

Cérza- Calma aí lindeza, só queremos conversar, não vai machucar ninguém- filho dá puta vou quebrar seus dentes, caminho em direção as vozes, mas eles estão um pouco longe, tenho medo de não chegar a tempo.

Cristal- De onde eu venho quando alguém invade a casa tão sorrateiro assim quer dizer tudo menos conversar- houve uma pausa- SAIAM! DAQUI AGORA SE NÃO EU FURO VOCÊS- estou chegando perto, seu grito de certa forma me assustou.

Antônio- querida quanto mais você nos ameaça mais eu sinto tesão, você é tão linda e gostosa que nem deve ter nocão quantos homens aqui te desejam- outro filho da puta, quero arrebentar os dois, escuto duas portas dos alojamentos se abrindo, ótimo agora mais idiotas, consigo chegar a porta do seu alojamento.

Alex- Hum! interessante e se eu te ameaçar Antônio também vai ficar com tesão em mim? por que eu estou prestes a quebrar sua cara agora- fecho meus punhos, então eles se virarm para mim.

Antônio- Chefe! estamos ajudando a moça, ela nos chamou- eu dou uma risada sarcástica.

Alex- eu sou cego Antônio, não sou surdo e nem burro, eu escutei tudo, sugiro que você e Cérza arrumem as malas de vocês e sumam daqui agora, caso contrario, vou dar uma surra em vocês e chamo a polícia depois, tentativa de estupor é crime - quando eu falo a palavra estupro Cristal suspira, parece ter noção naquele momento do que iria acontecer, a essa altura já tinha mais alguns peões ouvindo.

Cérza- Mas chefe-

Alex- Saímos agora antes que eu me arrependa de não bater em vocês, SAIM!- os dois fazem o que eu peço, passam por mim resmungando e eu decido alertar -Que isso sirva de exemplo, quem mexer com Cristal, na próxima não haverá piedade- eu os alerto e entro em seu alojamento, sei que ela está apavorada, passa por mim correndo e fecha aporta.

Cristal- Obrigada!- ela diz trêmula é ofegante, mas não tenho tempo para isso.

Alex, arrume suas malas e vamos agora- ordeno sem paciência, o que eu queria mesmo era arrebentar aqueles dois.

Cristal- ok!- escuto ela pegar algumas coisas e fechar o zíper da mala, certeza que ela nem disfez as malas. - pronta, vamos logo antes que eles venham nos machucar- sorriu, ela ainda não sabe do que sou capaz, que esse peões tem medo de mim -isso não é engraçado!?- ela fala com raiva.

Alex- vamos logo antes que você me irrite mais uma vez, começo a nadar em sua frente, sei que ainda tem peões na porta, mas não ligo, passo na frente de Cristal e ela vem atrás com suas duas malas, já tem uns 5 minutos que estamos em silêncio caminhado, eu vivo no escuro então estou acostumado, mas escuto que ela está com dificuldade de carregar as malas.

Cristal- Tem certeza que sabe para onde estamos indo?- sorriu.

Alex- Essas terras são minhas, acho que conheço cada parte delas, então sim o ceguinho sabe para onde está indo- não tenho paciência- E vê se anda mais rápido- ela suspira.

Cristal- Eh! não tem jeito você sempre foi e sempre vai ser um idiota, até achei legal o que fezendo por mim, mas não tem jeito- paro de andar e ela acaba trombando em mim, dá um grito, acho que se assustou - Aí!-

Alex- Presta atenção! eu nunca serei um mocinho, por sorte eu só estava por perto, então para de sonhar e anda mais rápido mimadinha- minto e começo a caminhar em sua frente.

Cristal- você idiota é realmente impossivel, será que não vê que estou com duas malas pesadas, poderia me ajudar- quando percebe o que diz volta atrás. - foi mal, não quis dizer nesse sentido..hum.. -

Alex- só Cala a maldita boca e anda, não sou seu empregado e não vou carregar essas porcarias de malas ou me acompanha ou fica aí no meio do mato- que merda, ela me tira do sério.

Cristal- Babaca!- ela sussurra e caminha praticamente correndo atrás de mim, sei que já estamos perto do casarão então decido avisar logo.

Alex- Olha só, por enquanto irá ficar no casarão, mas eu não quero ouvir sua voz chata ou sentir o cheiro desse perfume barato horrível- minto por que não a quero perto de mim, me sinto vulnerável toda vez que sinto seu cheiro, agora mesmo estou com vontade de tocar seu rosto para saber como ela é e eu nunca fiz isso, quando quero saber como é a garota geralmente Iago está bebendo comigo e ele me descreve elas, mas não quis perguntar sobre Cristal para ele.

Cristal- Como se eu quisesse ficar perto de uma pessoa tão amável como o senhor- sei que ela está debochando, mas pelo menos sei que é recíproco e foda-se.

Chegamos no casarão, destranco a porta e sei que Cristal está bem atrás de mim, seu perfume agora está bem perto, ajeito meus óculos escuros e tento não pensar se sua pele e quão suave e macia quanto seu cheiro, que merda estou pensando, assim que entro ela pergunta.

Cristal- Sempre usa óculos escuros? até de noite e em casa?- juro que tento mais ela pediu.

Alex- Será que vou ter que repetir? ou você quer que eu pergunte algo pessoal também? Vamos lá fazer seu jogo, sempre foi uma criminosa ou só foi um hobe em um momento de tédio da mimadinha?- odeio quando ela fala sobre minha cegueira, isso nunca me incomodou com outras mulheres, mas ela é diferente - Agora ficou muda? ótimo deve ser até uma assassina, Alessandro realmente não pensa antes de mandar qualquer uma para minha casa- agora sei que peguei pesado, escuto ela soluçar, parece chorar, ótimo consegui ser um escroto mais uma vez.

Cristal- Seria melhor está na cadeia mesmo- ficamos em silêncio, fecho a porta e vou para o andar de cima, ela tem dificuldade em arrastar as malas pelas escadas, eu sinto vontade de ajudar, mas não vou voltar atrás, quando enfim consegui não sei por que, mas depois dessa noite seria melhor colocar ela ao lado do meu quarto, vou até ele, abro a porta do quarto.

Alex- Entra logo e tenha uma boa noite, meu quarto é aqui ao lado, mas nem pense em me procurar, principalmente se por causa de uma rã, elas ás vezes aparecem mimadinha- ela não diz nada entra, escuto ela bater a porta com força e trancar, depois ela grita lá de dentro.

Cristal- Imbecil, babaca, filho da mãe, grosso, mal educado Aaaah! que ódio- e eu sorriu, até que não é tão ruim irritá-la, vou para meu quarto, deito na cama e estou exausto durmo sentindo o cheiro delicioso de Cristal.

Olhos selvagensOnde histórias criam vida. Descubra agora