Cap 15.

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Martins💸

No alto da laje, do lado dele. O tão temido Vk.

Dono do Complexo do Chapadão, mas eu prefiro chamar de irmão. Tenho altos caô com ele, mas ele que me ajuda quando tô mal.

Vk: Ret sabe que tu tá aqui? - Neguei.

Martins: Tretei com ele e meti o pé. - Joguei a fumaça do cigarro pro ar.

Vk: Se ele brotar aqui com essa cambada de vocês, vou entender legal não mano. - Riu falso. - Mas ae, o que devo a honrada visita?

Martins: Sei lá cara, briguei com o Ret e vim aqui, só isso.

Vk: Ret é mo caôzeiro, chato pra caralho.

Martins: Não que ele não tenha motivo pra te odiar né, mano?

Vk: Tu tá ligado que aquilo foi passado mano, eu amadureci. - Ri falso.

Meu celular tocou e eu fui olhar, Maysa.

Ligação On:

Maysa: Onde você tá, Martins!?

Martins: Quer o que?

Maysa: Porra cara, você some sem dá notícia nenhuma!

Martins: Ih fia, relaxa. O que foi?

Maysa: Vem pra cá, tô depressiva.

Martins: Sou psicólogo agora?

Maysa: Vem logo!

Ligação Off.

Vk: Desde quando tu obedece mandada, mano? - Falou quando peguei a chave da moto.

Martins: Maysa é diferente, sabe?

Vk: Sei essa tua diferença mano, sei. - Riu falso. - Boa foda e bom dia pra você também.

Ri e subi na moto, acelerei e saí rapidão do morro.

Sinto que ainda tem algo errado no Vk, mas só de conversar com ele eu fico mais alegre.

Isso tudo muda quando vejo a movimentação no Vidigal.

Subi o morro e cheguei na casa da Maysa, que abriu com um sorrisão e me puxou pra dentro.

Martins: Isso é saudade? - Ri falso e abracei ela. - Tá depressiva pq mesmo?

Maysa: Sinto que vacilei com minha mãe, sei lá. - Deitou no sofá.

Martins: Ué, o que rolou que eu não tô sabendo?

Maysa: A briga lá por causa do Ret, não falei mais com ela depois disso. - Revirei os olhos.

Martins: Credo. Acho que você devia ir falar com ela.

Maysa: E continuar pegando o Ret? Não adianta.

Martins: Tu ainda tá pegando o Ret? Não era só um pente e tchau?

Maysa: Tá ai o problema, não teve o pente. - Rimos.

Martins: Então dá o chá logo e cai fora, depois se resolve com sua mãe.

Maysa: O chá que eu tô querendo agora não é o dele não. - Olhei desconfiado e ela riu falso, debochando e eu ri de lado.

Martins: Atiça não, tu é cu doce e depois não quer.

Maysa: Sério? - Me puxou pelo braço, fazendo eu ficar em cima dela.

Martins: Maysa, Maysa. - Ri e saí de cima.

Maysa: Papo reto, tbt nunca? - Ri.

Martins: Papo reto? Desde quando você usa isso? - Zoei e puxei ela pra um beijo lento, encostei na parede e continuamos.

Ouvimos um barulho de porta abrindo e vimos o Ret olhando, com um olhar de deboche na cara.

Além do Morro | Filipe Ret.Onde histórias criam vida. Descubra agora