Cap 35.

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Maysa💎

Acordei com uma blusa do Ret, na cama do Ret, e obviamente, com o Ret.

Não tava lembrando de nada que tinha acontecido na noite passada, mas só pela dor de cabeça, já deu de saber que fiz merda.

Tava com dificuldade de abrir o olho pela claridade, ele já estava acordado, então só virou pra mim.

Ret: Tá bem?

Maysa: Tô com um pouco de dor de cabeça, mas tô bem. - Ri falso.

Ret: Você não lembra de nada, né? - Encarou.

Maysa: Não. Fiz algo muito errado?

Ret: Você subiu no carro de som, gritou comigo, quase foi estuprada por um cara, viu ele morrer na sua frente, ficou com o sangue dele espalhado no rosto, gritou comigo de novo e..

Maysa: E?

Ret: E nada. Daí te dei um banho e você dormiu. - Se levantou. - Vou pegar remédio pra você.

Levantei junto e fomos até a cozinha, ele pegou um remédio de dor de cabeça e um copo de água, me entregando.

Maysa: Obrigada. - Sorri pra ele.

Subimos de volta e eu percebi que ele tava estranho, o que me causou desconfiança.

Mal tava olhando na minha cara, não puxava assunto, sei lá.

Ret: Tô indo pra boca.

Maysa: São 7 horas da manhã, você não vai só 8?

Ret: Não, quem entra 8 é o Almeida. - Assenti.

Ele saiu sem nem falar comigo mesmo, o que me causou raiva.

Peguei minhas roupas e saí da casa dele, voltando pra casa.

Quando cheguei, a Cecília tava deitada no sofá, ainda com a roupa de ontem.

Eu ri de lado e subi pro banheiro, tomando um banho rápido. Quando saí, vi ela enrolada na toalha olhando um creme.

Cecília: Isso é creme de cabelo? - Me mostrou o pote.

Maysa: Não, louca! - Riu. - Isso é creme depilatório.

Cecília: Porra, quase passei no cabelo. - Rimos. - Tá afim de sair?

Maysa: Pra onde?

Cecília: Sei lá, vamo na pista. - Arregalei os olhos.

Maysa: Acho melhor não, em. Se pegarem a gente lá vão fazer caô.

Cecília: Vamo logo! Vai dar em nada não.

Concordei? Não. Fui? Sim.

Coloquei um vestidinho brilhante e um tênis branco, ela colocou um vestido preto e uma sandália preta.

Peguei o dinheiro e saímos, pedindo um uber na frente do morro.

Tava geral olhando a gente parada na frente do morro, só entramos no carro e fomos.

Cecília: Já foi nos shoppings daqui?

Maysa: Já sim, mas faz tempo.

Cecília: Vamos fazer várias compras hoje! - Riu e eu ri também.

Chegamos lá e ela foi logo pra praça de alimentação, dizendo que estava faminta.

O shopping estava bem calmo, então tinha poucas pessoas.

Sentamos numa mesa e rapidamente, um menino alto, branquinho e de brinco nos entregou um cardápio.

Porra, gato demais!

Cecília: Acorda, Maysa! - Me cutucou e eu voltei á realidade. - Vai querer comer o que?

Maysa: Tanto faz. - O menino sorriu e eu baixei a cabeça, por vergonha.

Cecília: Nos vê dois hambúrgueres e duas cocas, por favor. - Ele assentiu.

???: Que tipo de hambúrguer? Temos de frango, frango empanado, carne de sol, picanha e etc.

Cecília: Duas de picanha. - Ele concordou e saiu.

Maysa: Porra, que cara gato! - Ela riu.

Cecília: Você quase babou, mana! Mas não vou negar, gato mesmo. Também não nego que ele tava só te olhando.

Maysa: Que nada! - Rimos.

Ficamos conversando até a comida chegar, tava com uma cara ótima.

Em menos de minutos, devoramos tudo. Senti vontade de ir no banheiro e fui, era no mesmo andar então fui rápido.

Quando cheguei, a Cecília veio correndo com um papel na mão.

Cecília: ELE PEDIU SEU NÚMERO! - Gritou e eu corei. - Mas eu não sabia, então pedi o dele. - Riu.

Ela me entregou o papel e pediu pra eu salvar. Olhei pra ele, que riu de lado e voltou pra sua bancada.

Puta que pariu, que vergonha!

Além do Morro | Filipe Ret.Onde histórias criam vida. Descubra agora