Além do Morro | Filipe Ret.

Cap 61.

Ret🇧🇷

Cecília: A gente errou, Ret! Esse teu escândalo foi sem noção!

Ret: Se tu não quiser tomar bala aqui agora, você cala a boca e só fala se for pra ajudar! - Gritei e ela ficou quieta.

Tá, tá. Posso ter me exaltado um pouco, nada demais.

Mas porra, ninguém entende meu lado nisso. Na primeira oportunidade de pegar o Almeida ela pegou, tô nem no erro não.

Fora que o Martins não tá sabendo que peguei a Laura ontem ainda, só falta a Julya e o caô acaba.

Levantei e abracei a Cecília, que não entendeu nada.

Ret: Foi mal morena, tô puto. Vou resolver esse rolô com tua amiga e tua cadeira, tá?

Cecília: Minha cadeira? - Ri.

Ret: O Almeida pô, sua cadeira. - Ela riu e assentiu.

Saí da sala bolando um e tava indo direto pro Alemão, sem avisar mesmo.

Tô ligado que agora tenho que movimentar os dois morros, e a inatividade no Alemão pode causar invasão, então é bom estar de olho sempre.

Quando fui descendo, vi a Julya subindo sozinha. Bixinha com uma faixa na barriga.

Ret: Tomou um tiro foi? Tá toda acabada. - Ela encarou. - Ah é, você tomou mesmo. - Comecei a rir e ela revirou os olhos. - Quer que eu te leve lá em cima?

Julya: Quero, tá muito gentil, que isso?

Ret: Tu ainda tá com o Mt?

Julya: Não, demos um tempo e tal. Por que?

Ret: Quero um beijo em troca de te deixar lá. - Ela me encarou.

Julya: Tu não tava com a Maysa?

Ret: Tô não pô. Eai?

Ela pensou um pouco mas logo sorriu, concordando.

Subimos na moto e eu acelerei, indo deixar ela na casa da Maysa.

Assim que chegamos, elas iam correndo se abraçar mas eu puxei a Julya, fazendo a Maysa encarar.

Ret: Tu esqueceu do nosso combinado, pô? - Falei puxando ela pela cintura.

Sem nem pensar, ela me tacou um beijo rápido e eu puxei sua nuca, continuando o beijo.

Maysa olhou com cara de choro e nós paramos. Dei uma piscadinha de lado e subi na moto de volta, acelerando pro Alemão.

Vamo se resolver sim, mas até lá tá fudida.

Foi só eu chegar no Alemão que percebi uma movimentação estranha, muita gente em volta de algo.

Ret: O que tá rolando aqui? - Falei empurrando as pessoas que tavam na frente.

Mt tava com uma arma na mão e um corpo estava no chão, com os miolos á mostra.

Ret: Quem é esse? - Encarei o Mt.

Mt: Tio da Julya.

Ret: Tu tem 5 minutos pra tirar esse corpo daqui, papo reto. Logo na entrada. - Ele assentiu. - E vocês tão fazendo o que aqui ainda, caralho?

Quando falei isso, eles saíram rapidamente. Fui subindo pra boca e até que tava tudo tranquilo. Entrei na sala e ainda via os papéis colados na parede.

A planta do Vidigal tava na parede, cada lugarzinho. Não sei quem fez, mas tava bem feito viu.

Pena que nenhum sobreviveu pra prosseguir o planinho.

Peguei o caderno do morro pra ver as anotações pendentes e sendo sincero, tava até que bem adiantado. Só umas coisas básicas pendentes, nada demais.

Mt entrou na sala e se sentou comigo.

Mt: Foi mal por não ter te avisado que ia descer tiro nele. Esse cara fez muito mal pra Julya e na posse do Vt, ele não deixou porque ele era vapor.

Ret: Tá tranquilo irmão, entendo teu lado. - Falei acendendo um beck.

Ficamos conversando até altas horas e meu celular tava vibrando no bolso, fiquei até puto de tanta mensagem.