Cap 55.

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Maratona 1/5💫

Especial 40k de vizu!

Ret🇧🇷

Algo me irritou hoje, não tô sacando legal. Não sei se é mal humor de segunda feira e esses bagulho, mas sei lá.

Conferi o carregamento da droga nova e tava o maior sucesso. Toda hora vinha alguém pegar e levar, lucro subiu demais.

Tava fumando na sala quando Martins entrou, com cara de cachorro com fome. Só encarei sem falar nada.

Martins: Posso bater um papo contigo? De irmão mesmo.

Ret: Tô ouvindo, senta ae. - Ele se sentou e acendeu um, criando coragem pra falar.

Martins: Tô ficando sério com a Laura, só que tem dois caô.

Ret: Tá ficando sério e ainda tem mais caô que isso? Tu tá é na merda. - Riu.

Martins: Ela não sabe que eu atirei na Julya, falei que o Mt que atirou. - Encarei. - Ela tá com ódio dele agora, isso que eram amigos. Mt tá sem entender o surto.

Ret: Tu sabe que se ficar mentindo, uma hora ele vai lá e conta, né?

Martins: Sei pô, mas foi no momento. Ela perguntou o que tinha rolado e disse que tinha certeza que quem tinha atirado era o Mt, nisso ficou bolada. Eu sabia que ela ia ficar puta comigo, e tô gostando do que a gente tá tendo.

Ret: Tu senta e conversa com ela, pô. Explica que tava bêbado e esses caralho, que a Julya já tá bem.

Martins: Acho que ela não vai ficar bolada por que eu atirei na mina, mas sim por eu ter mentido na cara dura.

Ret: Tu vacila demais irmão, papo reto. Quando arruma uma, vacila. - Ele assentiu. - Puxa e conversa, ainda hoje. Tem caô nenhum.

Martins: Vou seguir teu papo, tu sabe das coisas. - Riu.

Ret: E o segundo caô, qual é?

Martins: Maju veio me chamar de pai dia desses, colocou na cabeça dela que eu sou o pai. - Encarei.

Ret: E o Mt?

Martins: Tá sem ver ela, né. Com a Julya lá no hospital. Eu tava com ela esse tempo que a Maysa tava resolvendo os bagulho. De acordo com ela, quem beija a mãe dela é só o pai.

Ret: Isso dai é papo dela com os pais, tu não se envolve não. - Assentiu. - Mas é isso irmão, conversa com a Laura e explica tudo. Quem sabe ela entende.

Martins: Papo reto, valeu patrão. - Fez um toque comigo e saiu.

Tô muito conselheiro, puta merda. Vou abrir uma clínica aqui.

Saí da sala e mandei irem de carro bicho andar nas ruas do morro, conferir tudo.

Fui na casa da Maysa e quando entrei, ela tava deitada no peito do Almeida. Cecília tava olhando de cara feia e eu olhei também.

Os dois estavam dormindo, e ela só olhando.

Ret: Que porra é essa ai? - Perguntei á ela.

Cecília: Foram conversar e acabaram dormindo assim. - Revirou os olhos.

Ret: Manda os dois tomar no cu, vamo de rolê. - Ela se animou e assentiu, dizendo que ia se arrumar.

Tô nem no erro não. Os dois de bagulho sério e fica nessas putaria, não curto. Idaí que são próximos? Noção né porra.

Subi pro quarto da Cecília e fiquei deitado na cama, esperando ela se arrumar.

Rapidão ela colocou um short preto e um blusão de time, uma havaiana e me puxou.

Subi na moto e acelerei, ela tava empolgadona. Fomos pra uma lanchonete ali mesmo, tava mais perto e tal. Não ia demorar pra voltar pra boca, eu pretendia né.

Resolvi pedir umas cervejas e ela bebeu junto, altos papos tivemos.

Conversa vai, conversa vem, tava só na brisa mesmo.

Percebi que em volta tinha várias pessoas encarando sem entender, só sorri debochando.

De longe veio uma velha amiga minha e me cumprimentou, acenando falso pra
Cecília.

Mariá: Ai chefe, amiga minha quer ficar contigo. - Encarei.

Olhei pra Cecília e ela negou com a cabeça, arqueei as sobrancelhas e neguei junto.

Ret: Tô off agora, mas passa o número, qualquer coisa eu chamo. - Ela assentiu e me passou o número.

Mina gata pô. Ruivinha dos olhos verdes, mó corpão.

Fiquei conversando com a Cecília até umas 19 horas, sem nem pensar no que tava rolando lá fora.

Além do Morro | Filipe Ret.Onde histórias criam vida. Descubra agora