Cap 38.

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Martins🇧🇷

Martins: Acorda, desgraçada. Tu tomou foi remédio pra dormir foi?

Almeida: Isso dai é excesso de pica, dá o chá e fica assim. - Jogou o travesseiro na Maysa.

Maysa: A porra da porta do quarto não tava trancada!? - Falou de mal humor.

Almeida: Arrombei. - Ela encarou. - Que foi? Não respondia as mensagens e nem as ligações, chamamos e não ouviu, achei que tivesse morrido.

Maysa enfiou a cara no travesseiro e eu arqueei as sobrancelhas.

Martins: Foi ver o Ret? Ele tomou um tiro na perna.

Maysa: Nem devia ter ido.

Almeida: Já pegou caô com ele de novo? - Ela assentiu. - Porra, que chato.

Deitamos do lado dela, que começou a explicar a história e eu sorria.

Martins: Eu avisei, não avisei? - Ela me bateu. - Avisei que ele tava na tua, mas tu é otária pra caralho e não ouviu.

Maysa: Eu lá ia acreditar? Logo no Ret? - Passou a mão no rosto.

Almeida: Você tava incontrolável ontem, Maysa. Se ele não tivesse te ajudado, ou tu estaria machucada caindo do carro de som, ou morta agora pelo cara lá.

Martins: E ainda acha que é ilusão, você é muito otária.

Maysa: Já entendi que sou otária, porra! O problema é o que eu vou fazer agora!?

Almeida: Vai falar com ele, ué. Diga que foi um erro e tal.

Maysa: Ele não tá nem olhando na minha cara.

Almeida pegou o celular e ligou pro Ret, Maysa pulou em cima dele e pegou o celular.

Maysa: Vai ligar é pro cão, pra ele não!

Ficamos lá aconselhando a Maysa até dar umas 22 horas. Saímos de lá e subimos pra boca, dia de plantão nosso.

Ret: Tão ligados em tudo já né? Administração de corpos, recarregamento de munição-

Almeida: Conferimento de moradores, reposição de armas, reforma nos radinhos. Sim, estamos. Pode ir de boa. - Cortou o Ret.

Ret: Certo. Vou indo lá.

Martins: Passa na casa da Maysa antes. - Ele me encarou. - Ela tava no receio de se iludir e tal, acho melhor você ir falar com ela.

Ret: Vou falar é com o caralho, ela que venha atrás.

Martins: Vai recusar buceta, Ret?

Almeida: Logo a da Maysa.. - Falou num tom mas suave e o Ret encarou. - Brincadeira mano.

Ficamos insistindo pro Ret ir lá, que só saiu da sala, nos deixando no vácuo.

Almeida: Tá foda esse casal viu, enrola muito. - Concordei.

Martins: Ae Almeida, libera tua irmã, papo reto. - Ele riu.

Almeida: Tu gosta de umas x9, né? - Ri. - Pô mano, se quiser eu tento. Só ter paciência.

Martins: Jae, jae.

Já ia dar 00:00, quando a Maysa entrou na sala toda arrumada.

Vestido preto colado, salto alto e toda maquiada.

Almeida: Vai pra onde? - Encarou.

Maysa: Vou sair com um amigo meu. Queria pedir pra liberarem minha saída.

Almeida: Amigo que não é do morro? - Assentiu. - Conheceu onde? Porque que eu saiba, tu foi criada aqui.

Maysa: No shopping, com a Cecília. Nada demais pô.

Almeida: Duas horas da manhã quero você de volta, se não vou logo abrir o bico pro Ret. - Ela concordou animada e abraçou ele, saindo da sala.

Almeida ligou pro povo da entrada e liberou.

Falaram que ela subiu na moto com um menino, placa BRA-37A8.

Ficamos atentos mas voltamos á fazer os bagulho, muita coisa pela frente.

Além do Morro | Filipe Ret.Onde histórias criam vida. Descubra agora