Cap 23.

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Maysa☀️

Maysa: Como assim ele te rebaixou, você tá como gerente!? - Assentiu. - Ele tá doido, não é possível!

Martins: Não julgo não pô, vacilei pra caralho.

Maysa: Abre teu olho Martins, ele tirou teu cargo pq você não quis matar alguém próximo a você, porra! - Falei indignada.

Eu tava puta mano, namoral. Ret tirou a posse do Martins por não querer matar um amigo dele, como pode isso?

Juro, vou tirar satisfação.

Maysa: Eu vou lá. - Martins arregalou os olhos.

Martins: Você vai é o caralho, Ret vai falar que tô vindo chorar pra você e esses caô tudo.

Na hora em que ele falou, meu celular tocou e por incrível que pareça era mensagem dele.

Ret: Sobe a filha da Julya aqui na salinha, vem junto. (03:34)

Comecei a me desesperar e o Martins me acalmou, dizendo que a Julya ainda tava viva. Parei pra pensar, e se o Ret quiser matar ela na frente da filha!? Puta que pariu.

Chamei a Maju, falando que íamos ver a mamãe. Ela ficou feliz e já foi pegar seu ursinho que eu tinha comprado pra ela, dizendo que ia mostrar pra Julya.

Eu ri e fui subindo com o Martins, que parecia estar nervoso e eu só encarava.

Ainda não esqueci esse bagulho e eu vou falar com o Ret sim!

Chegamos na entrada da salinha e o Almeida encarou, proibindo a entrada do Martins.

Almeida: Ret mandou só elas duas entrarem, você é pra esperar aqui fora. - Falou calmamente e o Martins se encostou na parede, assentindo e eu entrei.

Ouvi eles conversarem sobre a invasão e ignorei, entrando naquela sala.

Quando cheguei, Julya tava amarrada na cadeira e o Ret tava sentado em outra na frente dela, colocando munição na arma.

Maju: Mamãe! - Tentou correr, mas eu segurei. - Deixa eu abraçar minha mamãe, tia! - Falou manhosa.

Julya fez um olhar triste e eu comecei a chorar, só vendo a situação.

Ret: Tá chorando por que?

Maysa: Talvez seja porque a minha melhor amiga vai morrer! - Falei alto e a Maju arregalou os olhos.

Maju: Mamãe, não! - Começou a chorar alto e o Ret me encarou.

Ret: Desamarrem ela. - Fez sinal para os vapores, que arqueraram as sobrancelhas mas soltaram. - Larga a criança.

Soltei a Maju e ela foi correndo pro colo da Julya, que abraçou ela fortemente e eu respirei aliviada. Pelo menos por aqueles minutos, eu podia estar tranquila.

Maysa: Quero falar com você. - Encarei o Ret, que sorriu de lado e concordou.

Ret: Vigia, qualquer coisa chama, tô na sala ao lado. - Eles assentiram.

Ret me puxou pelo braço e me guiou pra uma sala ao lado, onde tinham várias cordas e facas. Arrepiei.

Ele sentou na cadeira e acendeu um cigarro, jogando a fumaça pra cima e suspirando.

Ret: Veio falar sobre a morte do Vt, a descida do Martins ou á tortura da Julya? - Ele falou sério.

Maysa: Primeiro sobre a descida de cargo do Martins. Pô, só porque ele não quis matar o Vt, mano? O Vt era amigo dele, não tinha sentido ele atirar.

Ret: Não é de hoje que o Martins vem vacilando na boca, e isso foi só o ponto final. Se tá no crime e fica tendo compaixão pra matar, não serve pra ser do crime. Eu avisei ele antes de descer o cargo, e mesmo assim continuou.

Maysa: Mas isso não foi um vacilo dele, foi noção!

Ret: Então cria teu próprio morro e contrata ele, caralho. - Se levantou da cadeira, indo sair da sala mas eu puxei ele, que arqueou as sobrancelhas e riu de lado.

Neguei com a cabeça e botei ele sentado de novo, que bufou e esperou eu falar algo.

Maysa: E a Julya? Vai fazer o que com ela?

Ret: Ela tá sendo usada de isca, Mt vai vir atrás dela junto do Vt e tentar me matar. - Eu arregalei os olhos.

Maysa: E como você tá calmo assim, cara!?

Ret: Tô sabendo de cada passo de lá, a fiel do Vt tá me contando tudo por ódio. - Riu. - Por que, ficou preocupada?

Maysa: Não, só perguntei. - Revirou os olhos.

Ret: Veio só encher o saco mesmo? - Se levantou e veio até mim.

Maysa: Sim, obrigada.

Ret: Posso fazer dois bagulhos rapidão? - Assenti.

Ele me puxou pela cintura e deixou sua boca próxima a minha, enrolando pra começar um beijo e eu fiquei esperando aquilo.

Ele só se aproximava cada vez mais, porém nunca iniciava.

Ret: Que foi? - Falou passando a mão pelo meu corpo.

Maysa: Nada.. - Coloquei minha mão em volta do seu pescoço, puxando e beijando-o.

Ele deu um sorriso durante o beijo e á cada mais intensidade que o beijo estava dando, mais ele colava seu corpo ao meu e apertava minha cintura.

No momento, um vapor abriu a porta da sala e se assustou com a cena, pedindo desculpa e avisando que a Julya queria falar com o Ret.

Maysa: É melhor você ir lá. - Falei tentando sair mas ele negou só com o olhar, o que me fez entender.

Ret: Manda esperar, não tá nem no direito de pedir. - O vapor assentiu e saiu da sala.

Maysa: Você tinha que ir lá- Ele me interrompeu.

Ret: Abre a boca.

Não entendi, mas abri a boca e ele começou a massagear meus lábios com seu polegar, enfiando um dedo na minha boca aos poucos.

Quando foi chegando na minha garganta, eu senti coçando mas deixei ele continuar, ele olhou surpreso e continuou enfiando, até eu começar á tossir.

Ret: Desgraçada, vai pagar garganta profuda pra mim! - Falou no meu ouvido, enquanto puxava minha nuca.

Fiquei parada refletindo e quando me dei conta, ele não estava mais na sala.

Puta que pariu viu.

Além do Morro | Filipe Ret.Onde histórias criam vida. Descubra agora