Tirar um de seus filhos... Ouvir aquilo fora tão doloroso que Gwyn quase não suportou, pensar em sacrificar um deles pelo bem do outro ou dela mesma, não era certo, definitivamente não era o certo. Ela entendia a preocupação de Madja, entendia que praticamente 95% das fêmeas que tinham bebês de illyrianos e não eram da mesma espécie pereciam no parto, assim como os bebês. Lera tudo aquilo antes mesmo de firmar a parceria com Azriel.
Ela suspirou enquanto estava com o corpo todo mergulhado na banheira de mármore branco do banheiro privativo no quarto do casal. Os longos cabelos boiando sobre a superfície da água, penteados para trás. Gwyn acariciava sua barriga, uma vez o outra apertava um pouquinho só para sentir a firmeza e sorria. Seus bebês, seus dois bebês que seriam lindos e perfeitos, ela sabia que iriam.
Ela escutou passos se aproximando da porta e olhou para ali vendo Azriel que recostou um ombro no batente e cruzou os braços a olhando.
— Nestha está aqui, quer que você vá com ela comprar roupas para o enxoval — ele disse e ela assentiu levemente, apenas abaixando o queixo. — Sabe que está dentro da água da vai fazer quase uma hora, não sabe?
— Sei sim — ela disse suspirando e fazendo círculos sobre seu ventre com o dedo indicador. — Me acalma estar na água.
— Eu sei — disse se afastando do batente e indo até a banheira grande e se agachou ao lado dela, cruzou os braços sobre a borda e apoiou o queixo ali. — Você está triste com o que Madja disse.
As sombras dele dançaram devagar até Gwyn.
— Está tão na cara? — perguntou ela limpando uma lágrima teimosa que caiu de seu olho esquerdo. — Eu não quero perder nenhum dos dois.
Azriel suspirou e levantou a cabeça, levou sua mão esquerda coberta de cicatrizes a cabeça da parceira e a passou ali com carinho.
— Não vamos perder nenhum deles, amor.
— Mas e se... — pegou na mão do parceiro a segurando contra o rosto.
— Nada vai acontecer com os nossos filhos — ele disse roçando o polegar na bochecha sardenta da amada que sorriu pequeno, um sorriso que não chegou aos olhos azuis esverdeados.
— Eu amo que mesmo perdendo o sono você ainda acredita no meu potencial — deu um beijo na palma da mão dele.
— Se eu não acreditar na minha parceira, quem vai? — inclinou metade do corpo para chegar até Gwyn e a deu um beijo carinhoso na têmpora e aquele simples toque fora o suficiente para deixá-la excitada e quando ele se afastou deu um sorriso malicioso.
— Entre nessa banheira, agora — ela ordenou ficando de joelhos e Azriel se levantou começando a tirar as roupas. Assim que as calças dele se foram ela logo pegou seu pênis e o colocou na boca começando a chupa-lo.
Ultimamente andava sendo difícil receber qualquer toque de Azriel, apenas um simples carinho ou um beijo no pescoço já fazia com que ela o desejasse dentro dela. Ela sabia que era por conta dos hormônios da gravidez, tinha vezes que faziam sexo até quatro vezes no mesmo dia, ou mais, e Azriel não reclamava nem um pouco de fazer aquele trabalho de satisfazer a líbido exagerada de Gwyn. Para a grande felicidade de ambos.
*
Depois de longos e longos minutos de gemidos e gritos altos que com toda certeza Nestha havia escutado da sala de estar, Gwyn e Azriel desceram as escadas, ela na frente com os cabelos longos ainda úmidos e vestida num vestido casual e sapatilhas de cetim nos pés e ele vestia uma calça preta e uma camisa branca deixando os botões do peito abertos e a barra para fora da calça, os pés estavam descalços.
Nestha, sentada no sofá os olhou, principalmente para Azriel que quando Gwyn se voltou para ele tinha um sorrisinho no rosto que dizia: vingança.
— Bom, já terminaram? — perguntou a valquíria de olhos azul acinzentados juntando as mãos em frente ao corpo. A barriga de quase cinco meses de gestação bem marcada pelo vestido Cinca de cetim e manga longas, deixando os ombros e o colo livres.
— Por agora sim — disse Azriel deslizando a mão na cintura de Gwyn descansando mão na curva e a dando um beijo no rosto. — Por agora.
O corpo da sacerdotisa tremeu e ela fechou os olhos enquanto corava ficando com as maçãs do rosto vermelhas, havia um pequeno sorriso em seu rosto.
— Ótimo, então, vamos Gwyn — disse Nestha pegando uma bolsa de ombro. — Temos muito o que ver para os nossos bebês...
— Ah, sim — disse a ruiva olhando para o parceiro e sorrindo largo, depois olhou para Nestha que estava agora distraída mexendo na bolsa. — Ness, o que você acha, colocar os berços no mesmo quarto ou separados?
Nestha parou, pensou um pouco e olhou para os amigos.
— Berços? — as sobrancelhas se ergueram. — No plural?
Gwyn assentiu prendendo o riso e a amiga arregalou os olhos olhando dela para Azriel.
A irmã mais velha de Feyre deu um gritinho e levou as mãos sobre a boca, então começou a rir e fora até Gwyn que estendeu as mãos para ela que as pegou.
— Mais de um bebê?! — exclamou Nestha.
— São dois! — respondeu Gwyn com a mesma animação e ambas deram gritinhos animados e riram se abraçando e pulando. Nestha então soltou Gwyn e pulou em Azriel que deu risada retribuindo o abraço levantando a cunhada de consideração do chão.
—Eu não acredito! Que maravilha! — disse a valquíria ainda emocionada. — Precisamos comprar muitas coisas, coisas em dobro!
— Sim, sim, sim! — respondeu Gwyn com animação e então Nestha passou seu braço pelo o da amiga a puxando consigo na direção da porta.
— Cassian vai ficar maluco quando souber! Contaram para mais alguém?... — dizia Nestha ao passarem pela porta, ela parecia até mesmo Gwyn naquele momento, falando pelos cotovelos e a ruiva respondendo na mesma energia, e naquele momento quando encontrou Emerie do lado de fora da cerca as esperando na rua um sentimento de pura felicidade preencheu seu peito, um sentimento de alívio, então decidiu deixar de lado as preocupações e iria comprar dezenas de coisas e roupas lindas para seus filhos.
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Canção de Sombras. CONCLUÍDO.
FanfictionEsta é uma fanfic da série de livros ACOTAR, pertencido a Sarah J. Maas. Focado no casal Gwynriel. Durante o aniversário de Nestha, Gwyn usara o colar dado a ela por Azriel durante o aniversário de Nestha, entretanto, Elain, ao reconhecer a peça di...