Pov'Meredith.
- mãe, eu tô bem, de verdade... Preciso só dormir, esses remédios dão sono.
- tudo bem! - saindo quarto de Henry fechado a porta.
Já havia avisado addie que estava tudo bem com Henry, mas não estava conseguindo dormir, troquei de roupas, fui até a cozinha e abri uma garrafa de vinho, peguei uma taça e segui para o deck, a lua estava linda, talvez a olhar me ajudasse, sentei em uma das cadeiras esticando minhas pernas, me servi e só fiquei ali, minha mente fervilhando de tantos pensamentos.
Andrew estava me levando a ser alguém que eu não sabia se queria, todas as vezes que me entreguei a um homem, acabei chorando como uma idiota, e nem tínhamos algo, mas já estava acontecendo, me sentia vulnerável, e isso em assustava, não queria isso, e ainda sim queria ele.
- oi! - ouvi a voz baixa e familiar.
Olhei para cima e vi Andrew.
- oi!
- como ele tá?
- bem! Já foi dormir, foi só um susto - respondi - o que faz aqui a essa hora?
- fiquei preocupado, com ele e com você... Posso sentar um pouco?
- pode - concordei.
Não esperava ver Andrew ainda hoje, por que ele veio?
- obrigado - ele sentou na cadeira na minha frente e apoiou os braços sobre as pernas - você não parece bem.
- não estou de fato - suspirei, sentei imitando Andrew.
- o que aconteceu com o Henry?
- ele inventou de correr em volta da piscina com o irmão, acabou escorregando e bateu a cabeça, levou cinco pontos - expliquei.
- coisa de meninos.
- sim! Você veio andando? Cadê seus amigos?
- em casa! Falei que precisava fazer uma coisa... - ele deu de ombros.
- e sua amiga deixou? - não aguentei ser sarcástica.
- não preciso de permissão, e é sobre ela que queria falar.
- não quero saber.
- Paula, não é o que você pensa - ele ignorou o que falei - ela é a ex namorada da Carina.
- nossa! Então é sério a parte que vocês dividiam - soltei e me arrependi na hora, porque nem precisou ele falar pra saber que foi cruel da minha parte.
- está sendo uma pessoa ríspida comigo gratuitamente - ele falou magoado - nunca ficaria com a Paula, ela me beijo, sugeriu "nos ajudarmos a superar"...
- deveria aceitar - segui sendo uma ríspida.
- para de ser idiota... - ele pediu rude.
- Andrew, eu acho que deveria ir pra sua casa, hoje não é um bom dia.
- não tem nada haver com o dia... Você adora me destratar sem motivo algum - ele levantou - e se quer saber, eu poderia ficar com ela, mas não quero... Você era essa pessoa... Mas acho que não é recíproco... Desculpa incomodar, fala pro Henry que deixei um oi.
- Andrew!
- vou falar só mais uma coisa - ele voltou e me olhou - acho legal esse lance de provocação, é divertido, mas se tá achando que toda vez que se achar no direito de me destratar vou aceitar está enganada... Não importa quem você é no trabalho... A não ser que eu tenha vacilado muito, nunca mais use esse tom de superior comigo.
Andrew me deixou ali sozinha.
- que grande merda.
🐬🌅
Pov'Andrew.
- ei Andrew! - ouvi me chamar, procurei de onde vinha o chamado e vi o garoto na janela.
- não deveria estar dormindo? - perguntei me aproximando da janela.
Henry abriu e passou por ela.
- sim! Mas eu ia chamar a mamãe pra dormir e ouvi a conversa de vocês... - ele falou sem se importar pentear ouvido, levantei uma sobrancelha surpreso - Queria te falar uma coisa.
- pode falar.
- não fica com raiva por ela ser assim - ele pediu - isso é um mecanismo de defesa.
- não precisa falar por sua mãe... Ela sabe o que faz - devolvi um tanto rude.
- claro que sabe... Ela afasta pra não se magoar.
- Henry, de verdade... Melhor deixar pra lá - suspirei, não precisava que ele tentasse defender a mãe.
- só tenta entender um pouco ela, eu sei que a mamãe tá errada, ela sabe disso, só que se convence que é melhor assim... Isso é medo de sentir, eu sei por que ela é minha mãe e conheço o suficiente -nele mostrou um sorriso de lado.
- ok!
- e tem outra coisa - Henry ia entrar mas voltou a me olhar - tô falando isso por que eu sei que ela tá gostando de você, mas se magoar ela de verdade, isso tudo não vai ser válido - o garoto falou sério, ali tive cem por cento de certeza que Henry era o protetor da mãe, até fiquei feliz por isso, mesmo estando com raiva de Meredith nesse momento.
- vou tentar.
- obrigado... Boa noite - ele entrou.
- boa noite.
Voltei para casa pensando nas palavras de Henry, mas nesse caso por mais que eu quisesse mudar a situação, não dependia só de mim; quando entrei Miguel e Paula já estavam dormindo, ela no sofá cama e ele no colchonete, me joguei na cama e também tentei dormir, amanhã pensaria em um modo de ajeitar tudo.
🐬🌅
O tal "e da natureza" mal o dia havia chegado e eu estava acordado, mal dormi de fato, mas o motivo foi outro, então levantei tentando não acordar os dois, escovei os dentes e sai da casa, parei perto do lago e fiquei olhando a a água passar sem presa por ali.
- caiu da cama?
- quase - olhei para meu amigo - e você?
- te ouvi sair, o que está te corroendo?
- Meredith!
- não estão de dando bem no trabalho?
- quem dera isso fosse o problema - dei uma risada nervosa.
- estão saindo! - ele adivinhou.
- sim! Não era nada de mais...
- como assim não era? - Miguel me interrompeu.
Olhei para meu amigo depois contei.
- ontem a Paula teve a brilhante ideia de me beijar, e Meredith viu, e digamos que paciência não é uma virtude dela - meu rosto se retorceu em uma careta de frustração.
- ela tá muito puta... Cara desculpa, se eu imaginasse que a intenção dela de vir era essa...
- fica tranquilo, isso não é sua culpa.
- e o que vai fazer?
- fiz ontem, contei pra ela a verdade, mas não ajudou muito... Agora vou deixar ela decidir, Meredith tem muita coisa guardada, não vou forçar a estar comigo se não quiser.
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Coração Do Mar
أدب الهواةDuas vidas, e um único coração! Meredith Grey precisa de um coração! Andrew DeLuca acaba de perder a irmã GÊMEA em um acidente e precisa decidir sobre a doação dos órgãos dela. uma escolha pode salvar muitas vidas, mas o que ele não esperava era qu...