Capítulo Dezesseis

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Notas Iniciais: Esse é o capítulo que dá início a segunda parte da fic, então é mais adaptativo. Gente eu não sei como realmente funciona o sistema hierarquico da Yakuza, então adaptei segundo minhas necessidades.

Boa leitura!

[...]


Sakura olhava tudo ao seu redor de olhos arregalados, fora trazida para uma mansão enorme, era muito maior do que a propriedade na Itália e pior ainda, tinha muitos mais homens vestidos de terno andando pra lá e para cá pelo jardim.

Dentro da residência em si tinha poucas pessoas, se pudesse chutar, diria que essa era alguma moradia particular do homem de cabelos negros mas ainda não poderia dizer com certeza, já que estava plantada na sala desde que chegara ali. Seu algoz estava há alguns metros de si, conversando com alguns empregados e de vez em quando dirigia olhares para ela.

Sakura, esticou a perna engessada no sofá e deu uma boa olhada ao ambiente ao seu redor, com a quantidade de homens lá fora duvidava que conseguiria chegar muito longe em suas condições atuais. Não tinha muito o que pudesse fazer, só esperava que fosse realmente verdade o fato de que não deveria mais ficar trancada em um quarto, não aguentaria mais semanas de tal martírio.

No entanto, algo lhe chamou a atenção, uma mulher, uma mulher surgiu no ambiente e pôs-se a conversar com o homem de cabelos negros, eles trocaram algumas palavras e então se aproximaram da rosada.

— Leve-a para o quarto. — falou o moreno.

— Venha. — disse a mulher loira se aproximando mais e ajudando-a se levantar do sofá.

Sakura ainda que meio confusa, aceitou de bom grado a ajuda.

O homem de cabelos negros ficou para trás à medida que iam se afastando da sala de estar, caminharam lentamente por um corredor e então a loira parou diante de uma porta e abriu, ajudando Sakura a adentrar o ambiente. Era um quarto ainda maior e confortável e, diferente do outro, esse possuía portas que davam à uma pequena varandinha, ligada ao jardim.

— Sente-se aqui. — disse a mulher apontando para a cama, e Sakura assim o fez, pois estava dolorida de toda a viagem.

— O que acha de tomar um banho? — perguntou com um sotaque engraçado.

Sakura refletiu um pouco sobre as palavras da mulher, era meio óbvio que não conseguiria tomar banho sozinha, então leu pelas entrelinhas que a loira estava se oferencendo em ajudá-la. A rosada não tomava banho desde o acidente, pois não tinha condições de fazê-lo sozinha e também ninguém adequado em ajudá-la, mas agora tinha a oportunidade de se banhar com a ajuda de uma mulher ao invés de algum louco desconhecido. Não precisava pensar muito para saber a resposta, não sabia por quanto tempo a mulher estaria ali disponível então deveria de aproveitar, portando, pegou-se afirmando repetidas vezes com a cabeça.

— Ok, espere um pouco. — respondeu indo em direção à uma porta.

Instantes depois a loira voltou e acompanhou Sakura até o banheiro, onde, com muita paciência, a ajudou a tomar, depois de muito tempo, seu tão sonhado banho; a moça escorregou algumas vezes no piso liso mas não teve ulteriores problemas com isso.

Novamente sentada na cama, Sakura secava o gesso em sua perna, que por ser sintético podia ser molhado e enxugado facilmente. A mulher loira estava sentada atrás de si e enxugava seus longos cabelos róseos com uma toalha macia.

Para ser sincera, Sakura estava gostando bastante daquilo e não queria que ela parasse, fazia muito tempo que não sentia essa sensação quentinha de segurança e aconchego. Era bom.

Se perguntou quem era essa mulher e se ela tinha conhecimento de que Sakura era uma vítima de sequestro. Assim sendo, quando a loira alcançou uma escova e começou a pentear delicadamente suas madeixas, ela resolveu que quebraria o silêncio que se instalou entre elas.

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