Capítulo Quatro

280 30 71
                                    

Oi! Tenho avisos:

> Esse capítulo contém cenas de tortura explícita, se isso te deixa desconfortável sugiro pular a primeira parte.

> Estamos no "Dia 3" no contexto atual da história, a parte relativa à Kizashi aconteceu no passado (nas primeiras 24hrs desde o rapto de Sakura)

Boa leitura! :)


[...]


Primeiras 24 horas

Kizashi desce do carro após um de seus seguranças abrirem a porta e caminha lentamente ajeitando o paletó, o charuto Cohiba Behike em seus lábios não é o suficiente para distrair sua mente. Maldito moleque insolente! Como ousa roubar-lhe sua preciosidade? Como ousa ir até ele ditando ordens e exigindo coisas? Pagaria com a vida por tamanha audácia.

Cuspiu o charuto no chão ao atravessar o galpão, seus homens já estavam à postos esperando sua chegada

— Ele abriu a boca? — perguntou.

— Não Maestro. — respondeu o único dos homens que estava confortavelmente sentado.

Possuía uma estranha faixa que cobria do pescoço até o nariz, deixando à vista apenas os olhos e cabelos, a peça escondia uma lesão por queimadura que sofreu em um atentado muitos anos atrás.

Zabuza era seu nome, conhecido pelo codinome de Demônio da Névoa, um ex-assassino de aluguel há muito tempo à serviço da família Haruno.

Kizashi assentiu tirando o paletó, pois ele o faria falar.

Um homem de cabelos alaranjados estava em sua frente enquanto duas correntes segurava-o pelos pulsos, sustentando-o; os pés faziam movimentos vazios no ar procurando uma base de apoio; seu rosto já estava irreconhecível com sangue e deformidades e os olhos já fadigavam em manter-se abertos. Estava quase morto.

Kizashi se aproxima segurando-o pelo queixo.

— Onde está minha filha? — exigiu apertando os dedos, o homem não o fitava particularmente, já estava mais pra lá do que pra cá. Mas o velho Haruno sabia como acordá-lo.

Afastou-se, dobrando as mangas da camisa social e indo em direção à uma mesa colocada no canto da parede, observou ali os vários objetos.

— Tragam-me uma taça de vinho. — ordenou pegando em suas mãos uma furadeira. Seus capangas se moveram servindo-lhe uma taça de vinho assim que retornou para perto do homem.

Calmo, ele sorveu um pouco do líquido; não tinha dúvidas, as uvas de suas vinícolas eram sempre as mais suculentas.

Em seguida, apertou o botão ligando a máquina e um barulho característico soou pelo ambiente, fazendo com que o homem pendurado arregalasse os olhos, seu próprio corpo se movimentando contra as correntes. Apavorado.

— Juugo — proferiu Kizashi estralando a língua teatralmente — Você acha mesmo que vale a pena morrer pelo Uchiha?

— V-você... — o homem respira com dificuldade, não sentia mais os braços e o corpo todo doía pelos golpes recebidos anteriormente. Fora pego enquanto rondava os cantos da cidade à procura de informações, seus esforços para passar despercebido não foram suficientes, já tinha o completo conhecimento de que não sairia dali com vida. — Vai me m-matar de qualquer forma. — o rosto inchado pelas torturas que sofrera impedia-lhe de falar corretamente.

Kizashi dá um pequeno sorriso de canto encarando-o com frieza.

— Oh sim, você morrerá de todo jeito. A diferença meu caro, é que será de um modo não muito agradável.

EpiphanyOnde histórias criam vida. Descubra agora