Eddie Munson on
Beijava Aly como se minha vida dependesse disso. Nossos beijos eram melhores do os que eu já tive em toda minha vida.
Mesmo com ela tendo a vida toda problemática, com uma família problemática e a cabeça problemática, ela era a melhor pessoa que eu já tinha conhecido.
Sorri mais uma vez e a abracei. Até que ouvimos um trovão e a garota levou um susto, fazendo ela me abraçar mais forte.
- Calma aí, você tem medo de trovões? - Perguntei a zoando.
- Não, foi só um susto!
Outro trovão mais alto foi escutado e ela me abraçou mais forte ainda. Ri de sua reação.
- Tem certeza?
- Tá bom, mas é só um pouquinho de medo. - Respondeu com a voz abafada por ela estar com a cabeça em meu peito.
- Vem, vamos para o carro.
Segurei sua mão e abri a porta para ela. Estávamos no banco de trás debaixo do cobertor novamente. Dessa vez, cada um de um lado do banco.
- Obrigada pela noite, eu precisava de um pouco de diversão.
- Não há de que. Você tá bem aquecida?
- Vou ficar, obrigada.
Fiquei a observando atentamente. Seus cabelos estavam molhados e ela esfregava as mãos uma na outra para aquece-las.
Alysson não conseguia manter o contato visual por muito tempo. Ela fazia isso quando estava no mundo da lua, mas nunca conscientemente.
Agora ela olhava para o vidro do carro, evitando meus olhos. As vezes, dando pequenas espiadas para ter certeza de que eu ainda a observava.
- Você está linda essa noite.
- Só essa noite, Munson?
Ri de sua fala. Era incrível como ela sempre tinha uma resposta na ponta da língua para todas as situações.
- Sempre. Você está linda sempre.
- Melhor assim. - Riu.
- Quer fazer o que agora?
- Não sei. O que você sugere?
Cheguei nossos rostos mais perto um do outro. Conseguia ouvir a respiração pesada de Aly.
- Te desafio a ficar sem me beijar por 5 minutos. - Susurrei.
Estávamos muito perto. Dividiamos os olhares entre os olhos e nossas bocas. Olhei para o relógio e só tinha se passado 2 minutos que estávamos ali. Os 2 minutos mais demorados da minha vida.
Aly parecia estar normal. Se ela queria me beijar, não estava demonstrando isso. Eu a desafiei, me colocando em uma sentença de morte ao mesmo tempo.
Não me segurei e juntei nossos lábios. O beijo era quente e desesperado de minha parte. Aly sorria, só me seguindo.
Segurei sua coxa, a puxando para meu colo. A garota afastou meus cabelos e colocou as mãos em meu pescoço. Estávamos em perfeita harmonia.
Ela desceu suas mãos calmamente para meu peito e as colocou por baixo de minha camisa que grudava em minha pele por estar molhada.
Suas mãos geladas passeavam pelo meu abdômen, me causando arrepios. Nossas respirações estavam pesadas, mas não nos soltávamos.
Minhas mãos ainda estavam nas coxas da garota, apertando-as de leve. Quando tirei, foi para afastar seus fios de cabelo que insistiam em cair em seu rosto.
Até que ela separou nossos lábios, terminando o beijo com dois selinhos e encostou nossas testas.
- Você perdeu, Munson.
- Não consegui me resistir, princesa.
Ela saiu do meu colo e nós rimos. Respiramos fundo recuperando o ar perdido nos últimos minutos.
- Quantas horas? - Perguntou.
- Agora são 02:17.
- Merda Eddie, Steve vai te matar!
- Ele vai? - Perguntei receoso.
- Lógico! Precisa me levar pra casa agora.
- Tá bom!
Assustado, passei para o banco da frente, dando partida. Aly começou a rir e eu me juntei a ela. Parecíamos dois amantes fugitivos.
A garota ligou o som do carro, que tocava "Back in Black". Ela começou a cantar super alto, quase competindo com a música que estava no volume máximo.
Eu ria de suas expressões. Também tive que cantar junto com ela. Essa música era perfeita.
"I've been looking at the sky
'Cause it's gettin' me high
Forget the hearse 'cause I never die
I got nine lives
Cat's eyes
Abusin' every one of them and running wild"Essa música era do tipo de que todo mundo conhecia, mesmo não gostando de rock. Era de acabar com a estrutura de qualquer um.
Aly fingia tocar uma guitarra imaginária. Eu distribuía meus olhares entre ela e a estrada.
- Você fica assim tocando guitarra. Desse jeito, olha!
A garota fingiu estar com a guitarra, colocou a língua pra fora e balançou a cabeça conforme a música tocava. Que audácia.
- A diferença é que eu fico lindo. - Disse alto por causa da música.
Ela colocou a mão no peito fingindo estar indignada. Logo depois, me deu um tapa no ombro e gargalhou.
Eu dirigia o mais rápido que eu podia. Aly dizendo que Steve me mataria, realmente me assustou. Eu a deixaria em casa e sairia correndo pra dentro da minha.
Quando chegamos, descemos do carro e Aly se virou pra mim envergonhada, sem saber o que dizer. Ainda chuviscava um pouco.
Os cabelos dela já haviam secado na maior parte, deixando eles mais bagunçados do que já estavam. Sua leve maquiagem estava um pouco borrada, mas ela continuava linda.
- Bom, é isso, né? - Perguntou.
- É. Obrigado por ter ido me ver hoje. Eu realmente fiquei muito feliz.
- Que bom. Obrigada por convencer de dançar na chuva. Foi incrível e eu... Eu adorei.
- Que bom.
Aly se virou de costas, indo em direção à porta de sua casa. Suspirei sem saber o que mais dizer e me virei em direção à minha.
Mas inesperavelmente, a garota me puxou pelo braço, me fazendo ficar de frente à ela. Mais rápido do que eu imaginei, ela colou nossos lábios.
Encaixei minhas mãos em sua cintura trazendo ela mais pra perto e aprofundando o beijo. Senti ela sorrindo sobre meus lábios e fiz o mesmo. Ela foi se soltar, e eu a segurei por mais alguns segundos.
Então, ela colocou suas mãos em meu pescoço fazendo um carinho ali. Senti mais arrepios e uma ótima sensação me consumir. Até que ela conseguiu separar nossos lábios e riu.
- Boa noite, Munson.
- Boa noite, milady.
Ela se virou e saiu correndo pra entrar em sua casa. E eu a observei pra ter certeza de que ela entraria dessa vez.
Assim que não pude mais a ver, fiz uma dancinha em comemoração e também entrei na minha.
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me and your mama
FanfictionAlysson Harrington, uma líder de torcida, popular, irmã do antigo rei da escola, que lhe passou essa coroa quando saiu do ensino médio. Alysson podia até ser uma garota igual a todas as outras, mas para o "esquisito" da escola, Eddie Munson, ela não...