Visão No. 70

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Como esses meus versos 
Poderiam não trazer as marcas do cansaço?
Como que poderiam não ressoar 
A perplexidade deste mundo?  

O presente é o confluir 
Dessas sensações que tomaram conta de meu ser…
Sem dar espaço a qualquer futuro…

Quem sou? Me pergunto…
Um fio retesado entre os hemisférios distantes
De meu ser partido… 

Quem sou? Se ainda estou no escuro? 
Este mundo jogou à fogueira 
Todos os livros que valiam a pena ser lidos
E por mais que meus versos anseiem pelo ritmo
Também está perdida a harmonia… 

Só resta esta batida quebrada
Langorosa e chorosa e que fala de angústias,
Hesitante sobre o próximo compasso do mundo…

E no céu,
O sol no seu último crepúsculo…

VISÕES AO CREPÚSCULOOnde histórias criam vida. Descubra agora