Às vezes, há em mim um pesar de não sei quê…
E nele me detenho sem tédio
E sem expectativas…Este pesar é um constatar de coisa alguma,
Como o de quem anda na neblina
E teme encontrar algo que não vê…
Por mais que ande,
Estou a topar com Nada…Um pôr do sol há adiante,
Neste momento que a vida suspira
E chega ao limite do que pode iluminar em mim...
E agora espreito apenas o céu,
A ver se escurece…
E tudo escurece até o Nada,
Que as coisas que contemplo são nada…
E o anoitecer lhes põe como que um manto de escuridão
Que apaga todas as pretensões de serem
qualquer coisa,
O mais que sejam...E estou sob este manto,
Oculto de mim mesmo,
Como se vivesse sem constatar-me
E sem poder ver além da tessitura que me pôs por cima a noite…
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VISÕES AO CREPÚSCULO
Puisi#COMPLETO Poesias & Reflexões Em versos brancos, uma viagem por este mundo crepuscular em que as coisas lentamente se dispersam para abraçar a escuridão da noite.