Eu perdi você, me perdoe. {+15} [2/3]

Capítulo 26 {Obrigada por estar comigo esse tempo todo}

*quebra de tempo*

De madrugada, com as palavras dos meninos hoje cedo, estava treinando com um vestimento: Top preto, shorts vermelho, meias e luvas preta e ataduras nos meus braços. Meu treinamento de combate corpo a corpo é básico e tranquilo, mas hoje, estava chateada e estressada e estava fazendo meu treinamento com muita raiva e estava fora do dormitório.

Ao fazer um truque complicado, acabei tropeçando no meu próprio pé e cai de cara no chão. Ainda no chão, vejo uma sombra chegando mais próximo de mim só que devagar. Rapidamente, fiz uma lâmina, me levantei e antes que pudesse acertar essa pessoa, acabei me assustando com o Bakugou e parei no meio do caminho com a lâmina na sua frente, poucos centímetros de seu rosto.

-Calma, eu só quero conversar e ajudar com você...

A lâmina sumiu da minha mão e vi o que Bakugou estava segurando, uma garrafa de água e uma blusa de frio grande que parecia ser dele, tentei me levantar mas sinto uma dor enorme no meu pé e antes que pudesse cair de novo no chão, Bakugou me pegou e sentamos no chão.

-Aqui... eu vi que você estava com frio e então peguei o meu casaco.

~Bakugou se agachou na minha frente, colocou o casaco em mim~

-Valeu, mas por que está me ajudando? Você deveria estar descansando agora.

~Perguntei~

-Estou sem sono, pensei em caminhar por aí e eu vi você, parece que você está estressada com alguma coisa, aconteceu algo?

~Perguntou se sentando ao meu lado~

*Suspirei*- Eu fiquei desconfortável hoje mais cedo, o Mirio descobriu que eu...

Parei de falar e Bakugou ficou curioso.

-Você o que? Que gosta de garotas? Afinal, quem é esse tal Mirio?

-Depois eu conto mas, -suspirei novamente- o Mirio descobriu que não tenho individualidade...

~O loiro parece não estar surpreso~

-Sério? Então o que o Mineta falou, era verdade?

-Sim, -percebo que o loiro parece estar normal, não estava surpreso- por que não está surpreso?

~Perguntei~

-Estava meio que na cara... Eu notei isso desde que a gente lutou junto com o cara lá do Shiketsu.

*Fiquei surpresa*-S-Sério? e você...não vai rir de mim? Ou...

-Não, o importante é que você é forte e consegue salvar os outros. Ser um super-herói não quer dizer ter poderes...

-Então...você acha que os outros vão me aceitar?

~Perguntei~

-Claro, se esses idiotas querem ser super-heróis eles provavelmente vão aceitar você... com ou sem individualidade.

-Tem certeza?

-Eu acho... -fiquei de cabeça baixa- Mas sabe de uma coisa, o Mineta não presta de todos os sentidos possível.

~O mesmo sorriu e me olhou e fiquei vermelha~

-É, você tem razão...

Eu desviei o meu olhar enquanto ficava vermelha, com o casaco, cobri meu rosto.

-O seu pé, parece estar inchando mais. -Ficou na minha frente e começou a analisar meu tornozelo- acho que você torceu feio.

-Hum? Ah, eu sei curar isso...

Com a minha habilidade nova, consigo curar meu tornozelo e logo em seguida, bati com o pé no chão.

-Pronto.

-Nossa, pensei que você não conseguiria fazer isso... o que mais consegue fazer, além de portais e essas coisas?

-Consigo entrar na mente das pessoas, mas eu gosto deixar que meus amigos vejam como são as minhas habilidades de verdade.

-Mas como é entrar na mente dos outros, o que você vê?

~Perguntou~

-Depende de cada pessoa, mas a maioria vejo tipo de uma sala branca, com suas memórias organizadas como um tipo de linha do tempo... mas em outros casos, acabo me deparando com uma sala branca normal, mas com um tempo, uma névoa preta sugando algo, ainda estou tentando estudar isso.

-Ah, deve ser difícil para alguém que está mal ou coisa do tipo. Não é?

-É... posso?

-P-Pode... eu acho...

Consigo entrar na sua mente e fomos "teleportados" para a sala branca que mencionei.

-Então, é aqui onde você vê?

~Bakugou perguntou~

-Sim, consigo sentir os sentimentos e tudo mais... e o que sinto mais em você, é esse sentimento...

Falei enquanto ele admirava o local, sua atenção foi para uma borboleta muito linda com suas asas eram alaranjadas, Bakugou levantou seu dedo indicador e a borboleta pousou em seu dedo.

-Mas o que...? O que é isso?

~Perguntou~

-Algumas pessoas descrevem alguns sentimentos como algo ou alguma coisa que representasse esse sentimento... e essa borboleta... é a sua saudade.

-Mas isso não faz sentido... por que uma borboleta?

-Bom... a saudade ela tem vários sentidos, saudades de perder uma amizade, um relacionamento em geral e tem o seu, a saudade de alguém morreu. Sua mente expressou esse sentimento como uma borboleta.

A borboleta então, começou a voar para longe e desaparecer no nosso campo de visão.

-Será que podemos sair daqui?

~Perguntou de cabeça baixa~

-C-Claro...

Consigo sair da sua mente e voltamos para onde estávamos.

-Valeu...

-Você a amava muito, não é?

-Acho que sim...

Parece que ele ficou meio que sem graça e sem pensar duas vezes, abracei ele de lado e dei um beijo na sua bochecha.

-Sinto muito e... obrigada por estar comigo esse tempo todo.

~Me levantei, peguei a garrafa d'água e entrei no dormitório~

Fui para o meu quarto, limpei o casaco do Bakugou e coloco na frente do seu quarto com um bilhete, e volto pro meu quarto e acabo capotando na cama.