Capítulo 28

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Bucky: Como assim você tem que ir?

Hill: Como assim, como assim? Está surdo?

Bucky: Não estou surdo, apenas não quero que vá embora.

H: Infelizmente a vida é assim, Bucky, não podemos ter tudo que queremos na hora que a gente quer.

Bucky observou Hill se vestir e parecer tão fria quanto sempre foi, mesmo depois dessas horas que passaram juntos, mesmo ele tentando do jeito dele, chegar até ela, ganhar mais da confiança e da afeição dela. É algo estranho para ele também, que não se via interessado em ninguém, nem muito menos na vida, já fazia um bom tempo, mas ele acompanhou as ações de Hill de perto com relação aos filhos de Natasha, viu como ela se dedicou a quem nem é da família dela, ele não sabe quem a Hill ama mais, se Natasha ou se os filhos dela, mas obviamente os filhos e isso é uma grande prova de amor e amizade.

Houve ações questionáveis por parte dela sim, Bucky não pode negar, mas pode justificar, cada ação foi calculada e cada uma dessas ações foi apenas no intuito de salvar crianças inocentes, em especial os filhos da melhor amiga dela, que infelizmente não consegue entender as motivações de Hill e é algo compreensível também. Todo mundo sabe que Steve e Natasha e vários outros pais sofrem ou sofreram com esse programa do SIAM, porque afeta quem eles mais amam, ninguém pode achar que é fácil algo assim e eles estão bem cientes, tanto Hill, quanto Bucky, porém é essencial que sejam frios com os pais, em ordem de preservar a vida dos demais.

Bucky e Alex, são os únicos que acompanham de perto o que Hill faz e o quanto ela sofre em fazer o que faz. Hill não demonstra, ela não chora na frente deles, mas eles percebem o cansaço dela, a exaustão mental que se apodera dela com o passar do tempo. É uma carga muito grande pra carregar que apenas mulheres extremamente fortes conseguem aguentar.

É indiscutível que Bucky tem um tipo de mulher. Não se trata de atributos físicos, se trata da força que elas têm, não é à toa, que ele já foi apaixonado por Romanoff, e não é a toa que ele se apegou na força de Maria Hill, a respeitava, a odiava, depois passou a admirá-la e depois passou a se importar demais com o que ela sente.

Na mente de Bucky, ele deseja que Maria divida o peso que carrega com ele, seria tão mais fácil, ele quer ajuda-la, mas Hill é ainda mais fechada que Natasha, ela parece inalcançável e irredutível, além de fria.

H: Se eu pudesse escolher, eu ficaria.

Hill comentou num to de voz, completamente novo para Bucky, ela estava falando baixo e olhando para baixo quando soltou essa frase inesperada e Bucky a olhou, se controlou o máximo para não esboçar que ficou feliz e com muita esperança pela pequena demonstração de que ela talvez goste da companhia dele também. Se ele demonstra mais do que isso, ele não estará se respeitando e também assustará Hill que vai julgá-lo como um emocionado qualquer, ela tem que ser tratada com muita sutileza e estratégia, não está na hora ainda de deixar a emoção falar, então Bucky apenas deu um pequeno sorriso despretensioso.

Bucky: Você não quer tomar banho?

Bucky sugeriu como uma forma de demonstrar que estava tudo bem em ela admitir o que admitiu e que isso se tornaria uma pauta para ser conversada entre eles dois.

H: Quero, mas não há tempo.

B: O que está acontecendo? Você parece tão nervosa.

H: Um dos meus funcionários foi comprometido. Um de extrema confiança. Não posso perde-lo de forma alguma!

B: Eu vou me vestir e vou junto contigo.

H: Bucky, não.

B: Eu posso ajudar.

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