BORN TO DIE | ✔ starchaser. (reescrita!)

1❜ First everything, 1972

BORN TO DIE

"James Potter foi, sob todos os aspectos, tudo o que alguém poderia ser.

E, se ele estiver morto amanhã, as flores florirão do mesmo jeito, e as árvores não serão menos verdes do que na última primavera."

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A primeira vez em que James viu Regulus foi no começo do segundo ano.

Ele escancarou a porta, arrancando algumas exclamações. Os quatro meninos no vagão ficaram em silêncio, observando o recém chegado, até Sirius se pronunciar. O que significa, é claro, um silêncio constrangedor.

"Olá, Reggie. O que você está fazendo aqui?"

"A mamãe disse que eu deveria o levar para se sentar comigo no vagão dos Sonserinos." Regulus tinha a mesma maldita genética de Sirius, exceto pelos olhos profundamente pretos e superiores. Na opinião de Remus, Sirius também tinha aquele mesmo olhar de vez em quando, geralmente em suas noites mal-humoradas.

"Nem ferrando! Vá você." Sirius torceu o nariz, se virando para Remus.

Regulus permaneceu parado na entrada do vagão, seus olhos semicerrados em Sirius. Este, por sua vez, se obrigou a encarar Remus, que a esta altura desviou o olhar desconcertado para a janela.

Aquele menino, Regulus Arcturus Black, não era uma pessoa qualquer. Por mais parecido que fosse ao irmão mais velho, tinha muitas mais diferenças aparentes. Embora a pouca idade, podia-se notar sua coluna terrivelmente ereta, com os ombros jogados para trás certamente denunciando sua criação rígida. Ou, até mesmo detalhes simplórios como os cabelos curtos e negros, embora levemente acinzentados na luz. Os lábios rosados e bochechas carmim pareciam perfeitamente convidativos para uma mordisdinha. - Potter sacudiu a cabeça, esfregando a nuca.

Então tossiu, erguendo a voz para parecer confiante. "Posso ajudar? Você ainda quer alguma coisa?"

Regulus pareceu despertar, lembrando que haviam mais pessoas na cabine. Pela primeira vez, aparentemente, notando a presença de James e voltou os olhos afiados para ele que, mesmo sendo mais velho e aparentemente mais alto, pareceu inferior.

"Não."

"Você quer se sentar?" O outro garoto tentou novamente, afastando e abrindo espaço no banco.

"Não." Regulus ergueu o rosto, fuzilando Sirius com aquele olhar duro e ignorando a pequena interação. "Não vai mesmo vir, Sirius?"

"Não." Sirius permaneceu de costas, como uma grande criança birrenta. "Se quiser, James está te oferecendo um espaço, mas não vou a lugar algum."

E aqui estava ele, pensando que teria sorte. - Eventualmente Regulus cerrou os grandes olhos pretos, se afastando sem desviá-los e batendo a porta da cabine com força.

"Pelo visto o mau-humor é de família." Remus alfinetou, encostando a bochecha na janela e bufou. "Por acaso não é a palavra favorita de vocês?"

"E a aparência também, puxa, ele é igualzinho a Sirius." Peter balançou a cabeça.

"Jamais repita isso." Sirius mal esperou que ele fechasse a boca para explodir. Então um clima tenso se espalhou no vagão, Remus pressionava os lábios olhando para Sirius, e Peter desviou, tamborilando o acento.

Parecem longos minutos, mas é somente o silêncio ensurdecedor se recusando a quebrar-se.

"Bom," James tossiu, "como eu ia dizendo..." Endireitou as costas no banco e voltou ao assunto que havia sido interrompido por Regulus. "Evans vai descobrir que está apaixonada por mim este ano e..."