12❜ Drunk fights, 1975

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 "Me digam." Marlene se apoiou no sofá. "Alguém aqui quer apostar que esta festa vai juntar pessoas de todas as casas?"

"Ninguém se atreve mais a entrar em suas apostas, Mackinnon." Sirius estava carregando uma caixa de discos de vinil e jogou na frente de Remus, o assustando.

"Vocês estão conspirando!" Marlene sorriu.

"Eles estão sempre conspirando." Mary passou atrás da amiga, com uma caixa de decorações.

"Não conspiramos." Remus estava mexendo na caixa de discos.

"Facista do caralho." Sirius sorriu malicioso para ele, que levantou o rosto erguendo a sobrancelha. "É com você mesmo!"

"Você não tem medo de apanhar?"

"Não de você, bebê." Sirius beijou o ar, em sua direção.

Remus fica vermelho por pura irritação, se enfiando nos discos para ignorar.

Mary e Marlene trocaram olhares, pensando na conversa que haviam tido no dormitório feminino. Até que uma delas se pronuncie, mudando de assunto. "E quanto aos convites?"

"Onde está James?" Peter revisou a lista de bebidas.

"Lá em cima, descansando." Remus disse simples.

"Descansando do que?" Mary riu, balançando a varinha e as decorações se montaram.

"Ontem ele limpou a sala de Astronomia. Está de detenção, lembra?" Dorcas comentou, se sentando no sofá ao deixar uma caixa na mesa. "Eu trouxe as decorações de abóboras."

"Como diabos você entrou aqui?" Sirius vira para ela.

"Marlene me deu a senha."

"Marlene?!" Virou para a outra, meramente indignado.

"O que?" Marlene sorriu. "Minha namorada não pode ter a senha da minha casa?"

"O que?! Vocês estão namorando?!" Sirius estava a ponto de enlouquecer.

"Pads." Remus bateu em seu ombro. "Pare."

"Moony, você me odeia?" Sirius se inclinou. "Por que só eu estou chocado?!"

"Porque só você não sabia." Peter enfatizou o óbvio.

Os lábios de Sirius descolam, chocado. "Grandes amigos vocês são!"

"Por favor, onde você acha que ela estava na quinta a tarde inteira?" Mary dá de ombros sorrindo e erguendo um globo brilhante para o teto.

"Ela me disse que ia fazer negócios!"

"Negócios, é?" Dorcas se inclina para a loira.

"Negócios bem feitos." Marlene ergue as duas sobrancelhas.

"Por favor, parem, eu vou desmaiar..." Sirius põe a mão na testa.

"Você namora." Remus dá de ombros.

"Vocês estão todos...Bem com isso?"

Há um silêncio constrangedor, até que Marlene se pronuncia. "Fazemos o que é possível, Sirius. Não temos culpa se as coisas são, sabe, assim."

"E a Mary, está bem tendo que aguentar você?" Remus solta ar pelo nariz, irritado.

"Como você ousa?!" Sirius está com sua atenção de volta em Remus.

"Se você soubesse o que eu penso..."

Sirius choramingou de mentira, se deitando no tapete.

~

A festa estava sendo um sucesso. Haviam pessoas de todas as casas lotando o salão comunal da grifinória. Whiskys de gelatina flamejantes eram a especialidade da vez de Marlene, que montou um pequeno barman com uma mesa de canto no salão. Haviam centenas de pessoas dançando em todos os cantos. Havia música e luzes brilhantes, — estava perfeito.

"Isso que eu chamo de festa." Sirius sentou no sofá, entre Remus e James.

"Você está fora de si." Remus sorriu. Sirius já havia tirado a gravata e desabotoado quase toda a camisa. Não que fosse algo novo, ele quase todos os dias era assim.

"Nha..." Ele sorriu, virando para James. "Ei, cara, o que há com você? Não está tão animado."

"Estou, só estou muito cansado. E dolorido. Esfregar o chão é um grande trabalho braçal." James esfregou o braço. "Hoje não é meu dia para beber ou dançar, sabe."

"Já sei, você precisa de uma garota!" Sirius saltou do sofá. "Uma bem bonita, de preferência ruiva, ou loira, não?"

Remus e James se entreolharam. Um virou para um lado do sofá e o outro decidiu que o teto era muito interessante no momento.

"Que há com vocês dois" Sirius parecia bravo agora. "Estão andando de segredinhos, juntos, me excluindo das coisas."

Acontece às vezes. Sirius muda drasticamente de humor, quase como se surtasse. É sempre seguido de arrependimento, ou uma onda de tristeza intensa. Às vezes isso faz com que suas relações ou dias sejam complicados, e as pessoas não o entendem.

"Não estamos te excluindo, Sirius." Remus ergueu os olhos, o advertindo.

"Vocês estão saindo juntos?"

James arregalou os olhos e Remus caiu na gargalhada, o que era muito raro. Ele riu, riu de doer a barriga.

"Oh, Pads, você é uma lenda." Remus limpou uma lágrima.

"Você que se foda, então." Sirius não levou na brincadeira, se virando e enfiando na multidão. Remus sabia que ele estava bêbado, e que seu mau-humor era perigoso, então o deixou ir.

Mas James não. James estava mal com aquela reação de Sirius. Estava mal por se sentir rejeitado.

BORN TO DIE | ✔ starchaser. (reescrita!)Onde histórias criam vida. Descubra agora