16❜ Black Stars, 1975

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"Você precisa aceitar que não dá mais!" Remus observou com curiosidade quando Mary atravessa a comunal, discutindo com Edward, enquanto empilhava os discos na mesa ao lado da vitrola.

"Me perdoe, Mary!" Ele estendia um jarro de flores em sua direção. "Eu, sabe, faço tipo — quer dizer, falo coisas que não sou, e...Depois eu nego! Mas a verdade é que eu sou louco por você!"

Ela ignora, atravessando a sala.

"Tenho medo de pensar em te perder!" Choramingou mais alto.

"Quais as chances de ela arremessar aquele jarro na cabeça dele?" Marlene se apoiou na mesa. "E ele sair com uma amnésia social?"

"Eu diria que 99% de chance, e ele teria um derrame cerebral.""Remus levantou as sobrancelhas com um sorriso de escanteio, voltando a polir os discos. "Como vão as bebidas?"

"Uma vez meu vizinho bateu a cabeça na escada e lembrou de quase tudo." Peter comentou, voltando da mesa de doces.

"As bebidas estão um barato." Marlene pisca, fazendo um ok com a mão, se virando para Peter. "E, como assim quase tudo?"

"Ele não lembrou o nome da esposa." Ele balançou a cabeça como se fosse algo trágico.

Remus e Marlene se entreolham, trocando risadas pelos olhos, e comentam em conjunto: "Que pena, Pety." e "Uma notícia trágica."

E, de um momento para outro, você se pega em um salão lotado. Era certo que as festas grifinórias sempre foram arrebatadoras, mas os aniversários dos marotos eram — de lei — os mais badalados.

James se enfia no meio dos convidados, passando por Sirius e sorrindo. Ele estava louco, estava com toda a atenção para si. E o que deixou mais brilhante ainda: Ele usava a jaqueta de couro que James havia lhe dado de presente.

"Moony, você está arrebentando!" Sirius se apoiou na mesa de DJ improvisada com magia e uma belíssima vitrola, completamente eufórico, enquanto pulava.

A resposta do outro garoto é um sorriso, afinal era bom ver que Sirius estava gostando da seleção de discos. Ele se perguntava se o aniversariante gostaria do seu presente. Ele sabia que era um bom presente, mas queria saber se Sirius aprovaria. Já James, a esta altura, havia enfrentado todas as dificuldades e batalhado duro — estava na mesa de comidas — recolhendo vários dos salgados e os enfiando de montes na boca. Ele costumava ficar sem comer o dia inteiro antes das festas de Sirius, apenas para se entupir de tudo que fosse capaz.

De repente, todos pararam de pular e gritar. O lugar para de tremer. A música ainda era estrondosa, e aquela reação instantânea em multidão confundiu o de óculos, que só havia realmente reparado a quietude quando parou para pegar mais salgados e Alice não o desmontou. Então, se questionando devagar, James se vira. E tudo fica silencioso de vez.

Era mágico, ironicamente. O salão inteiro havia aberto um caminho, da entrada no buraco de retrato, até o meio do salão. E atravessando aquele caminho estava Regulus desfilando, com autoridade e confiança.

James derruba alguns salgados dos braços, engolindo o que havia restado de uma só vez, incluindo a própria sanidade, goela abaixo.

"Regulus?" Sirius surge ao seu encontro, expressivamente surpreso. Seus olhos brilhavam.

"Se alguém souber que eu vim, se considerem mortos." Regulus fitou Sirius, olhando o entorno ameaçadoramente.

"Ei, cara, Relaxa." Sirius se forçou a parecer casual, caminhando até ele enquanto tremia.

"Bem vindo à nossa casa, filhão." Marlene surge, no entanto, quebrando o clima tenso, e estala um tapa nas costas de Regulus. — É instantâneo, as pessoas estão festejando novamente. Parecia uma quebra da realidade, o momento em que você percebe que não importa quem você seja, o mundo existe com ou sem a sua presença.

BORN TO DIE | ✔ starchaser. (reescrita!)Onde histórias criam vida. Descubra agora