BORN TO DIE | ✔ starchaser. (reescrita!)

25❜ Opera's phantom, 1976

James estava de volta ao dormitório depois de muito discutir com Pomfrey. Agora ele estava se enfiando pelo buraco do retrato, temendo o que aconteceria. E, para seu declínio, apenas Sirius estava na comunal.

Ele estava sentado no sofá com as mãos cruzadas com os cotovelos apoiados sobre os joelhos das pernas abertas. Encarava o chão com tanta rigidez que você não pode dizer que ele está aqui, prestando atenção.

E, com um pigarro, "Pads!" James lhe cumprimentou, focando na naturalidade "Onde foram os outros?"

"Café da manhã."

"Oh, e você estava me esperando para comer? Quanto amor."

"Eu ouvi falar que você se apaixonou." Sirius levantou os olhos, tão afiados que James pode se sentir sangrando. Engoliu o seco, piscando desconcertado mais do que poderia.

"Sabe, não tem motivo para você achar isso, Padfoot. Só porque eu e Lily não demos certo, o que era bem óbvio, e eu segui em frente, não significa que haja outra pessoa. Pare de ser-"

"James, olha, vai se fuder." Sirius se ergue do sofá com brutalidade, parando em sua frente agora. — James recua um passo. "Quando foi que você perdeu a confiança em mim?"

"O que?" A anatomia de uma queda mostra-se quando James sente seu estômago despencar. Quase como se uma chave virasse em sua cabeça e, de repente, ele se lembra que suas ações afetam as pessoas em volta, independente de ele estar sempre tentando não causar estragos. Independente de como sua mente funcione, ele não havia parado para pensar por esse lado.

Pensar que Sirius sempre confiou nele para tudo, e ele achava que era seu porto seguro, mas estava errado. Porque, de repente, James estava mentindo para Sirius.

Sobre uma coisa muito profunda.

"Sua detenção acabou e você continua saindo de noite. Você volta tarde, leva o mapa, leva a capa." Sirius cruza os braços, o encarando cara a cara ao fazer uma careta, balançando levemente a cabeça. "Qual é a sua, cara?"

James paralisa, ouvindo o som de algo quebrando dentro de si. — Então é nisso que ele se transforma. Em alguém que está em cima de um muro, e para tentar apaziguar, ele diz a verdade...Embora não por inteira. "Estou saindo com alguém."

"Eu sei. Não sou idiota, James. O ponto é que você não me contou."

"Eu não posso." Desviou os olhos, pigarreando ao guardar as mãos nos bolsos do jeans e, de repente, seus sapatos parecem a coisa mais legal do mundo.

"O que você disse?" Sirius abre bem os olhos, se inclinando para ele. Um sorriso momentaneamente cruel cresce em seus lábios antes que ele respire fundo e volte a apontar para a orelha, de forma debochada. "Repete, James. Repete se você tem coragem."

James sente-se pequeno. Frágil. Indefeso. — A forma com que ele está encarando o chão faria a pele de qualquer um coçar, esfregando a ponta dos tenis no chão ao repetir, de forma baixa, "eu não posso."

"Ah, não pode?" Sirius está satisfeito com a confirmação do que ouviu, assentindo ao se afastar e ambos estão cara a cara agora, de novo.

James o entendia, sabia que ele podia ficar bravo, mas também se entendia.

"Não, Padfoot, não posso."

"E desde quando você não pode? Porque, que eu saiba, você podia tudo." Sirius balança a cabeça, desacreditado, e esfrega os cabelos antes de dar as costas e suspirar fundo. "Porra, James, você poderia ter dito qualquer coisa, mas não me diga que não pode. Caia fora dessa."

"Não posso porque essa pessoa pediu." James não estava mentindo, por quê isso doía?

"Ela pediu pra você não me contar?" Sirius bufou, um sorriso maldoso se formando em seus lábios quando ele está olhando por cima do ombro, nem um pouco a dispor de perder aquela discussão. "Fique com ela então, James, fique."