30❜ Kind of Intimacy, 1976

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O verão estava batendo na porta, e ele não era um senhor nada discreto. Os dias estavam insuportavelmente quentes, exceto pela brisa da floresta, e, ainda sim, era quase impossível aguentar o dia inteiro com o uniforme completo ─ tipo, bem, você não consegue se concentrar em uma aula enquanto uma piscina de suor se forma embaixo do seu braço.

Daquilo que para muitos trazia felicidade, o verão, época de fim de semestre e férias. Praias, piscinas, festas e descanso. Daquilo que era o que muitos almejam o tempo inteiro, Regulus não era um participante. Porque quanto mais perto do verão, mais perto de ir para casa.

Ele está caminhando pelo corredor, frustrado com o sol que rebatia nas paredes adoçadas às colunas de pedra, esquentando o corredor — maldita arquitetúra gótica deste castelo, ele pensava. — E foi quando escutou um assobio, tendo um pequeno déjà vu, virou-se para observar um James parado, sorridente como um idiota.

Revirou os olhos, caminhando de volta. "Tenho Poções agora, seja breve."

"Não tem mais." James guarda as mãos nos bolsos, ignorando a dor em sua enfaixada.

"O que?" Regulus arqueia a sobrancelha para ele. "Você é um sem juízo mesmo, hein? Não sei por quê ainda paro pra te ouvir. Vá arranjar o que fazer e eu vou para minha aula. Adeus, Po-"

"Todo mundo quer pôr regras no mundo, que mórbido." Suspira, manhoso, segurando-lhe pelo braço. "Quebre-as por mim, Reggie."

"Oh, meu santo Merlin, mas era só o que me faltava! Me largue, estamos no corredor!" Regulus se esquiva devagar, embora o rubor avermelhado em suas bochechas o entregassem. "Você está louco?"

"Eu te preparei uma surpresa, vamos logo!"

"Como vou saber se você não está tentando me sequestrar?"

"Eu estou, esse é o ponto." James olha para trás, se certificando de que estão a sós. "Me espere aqui, eu volto rápido."

"Não vou esperar você em canto nenhum." Foi o que Regulus disse antes de ficar esperando James ali.

"Estou de volta!" Ele acena, sorridente, em sua vitoriosa caminhada.

"Não acredito que você me convenceu a isso." Regulus descruzou os braços, encarando as mãos de James. — Em uma estava uma cesta, já na mão enfaixada, ele prendia uma capa com os dedos. "Onde diabos você arranjou essa cesta? E Pomfrey sabe que você anda enfaixando do pulso só até metade da mão?"

"É a sua surpresa. E, não, pff? Ela não sabe, nem você vai lhe contar. Eu preciso dos meus dedos pra fazer as coisas, uma mão partida já é humilhação, agora, não poder usar uma mão inteira já é castigo. — Vamos?"

"Santo Potter, para onde?!" Regulus colocou as duas mãos no rosto.

"Ai, você é muito complicado! É mais fácil desenterrar todas as árvores da floresta do que te convencer a qualquer coisa." James entrega a cesta para ele, abrindo a capa e jogando por cima de ambos, em um movimento extremamente bobo. "Aqui, tcharam!"

Regulus piscou devagar, segurando a cesta com as duas mãos. "Ham, tá bom, eu acho. O que deveria ter acontecido?"

"Estamos embaixo da minha capa da invisibilidade." James sorri meigo.

Regulus pisca de novo. Primeiro, ele pressiona os lábios, depois fecha os olhos, e então, inevitavelmente, ele está caindo no riso. "Capa de invisibilidade?"

"Vai rindo, Regulus Black, vai rindo..." James sorri enquanto inicia a caminhada para fora do castelo, e sua risada realmente demora mais um período longo.

BORN TO DIE | ✔ starchaser. (reescrita!)Onde histórias criam vida. Descubra agora