52❜ The Great War, 1977

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 Regulus estava gritando. Havia um lado de si mesmo que ele nunca havia conhecido. As coisas que ele jamais disse, embora sejam reais, escondidas pelos jogos que ele jogava e onde ele mesmo ganhava após se autossabotar.

Nos jogos onde ele vai sempre ganhar, sempre.

Era como estar ateando fogo na chuva, ele estava se assistindo queimar enquanto lutava com a própria varinha contra os mortos-vivos que surgiam de dentro da água, ali. Ele havia subido em cima do pequeno poço, agora vazio. O medalhão estava preso em seu braço esquerdo, a réplica foi atirada ali dentro, sendo engolida pela água enfeitiçada que subiu novamente.

Se viu o declínio de um homem, chorando, ao tentar lançar um Expulso e acabando por escorregar e bater contra o chão desregular de cristais, soltando sua varinha que escorrega e cai, se perdendo dentro da água.

Regulus foi puxado pela perna. Eventualmente tentando se agarrar ao poço ele esperneava, mas haviam muitos Inferi. E eles estavam o segurando por todos os lados, enfiando seus dedos afiados sobre a pele e puxando-lhe para baixo.

Regulus estava morrendo, e ele morreria gritando enquanto ouvia a própria voz ecoar diante dos rugidos e barulhos molhados: "Sirius, me ajude!" Regulus abaixou o rosto. Sua franja, agora, estava cobrindo seus olhos molhados de uma forma desconfortável. — Ele lamentou. "Me perdoe, Six. Por tudo que te fez me deixar para trás. Me perdoe."

Ele queria que os monstros fossem embora, que fugissem, e seu irmão estivesse ali.

"Regulus!"

Regulus estava atordoado. Seu nome parecia estar ecoando diversas vezes, rebatendo nas estalactites e em sua própria mente enquanto ele choramingava por sentir os dedos começando a escorregar no cristal de forma bruta.

Regulus tenta prender os dedos, mas ele roeu todas as unhas.

"Regulus!"

Ele morreria assombrado, se perguntando se James poderia o perdoar um dia.

"Archie!"

O ouvido de Regulus estalou. Tudo aconteceu rápido demais e, em uma fração de segundos, seus dedos escorregaram.

Puft.

Regulus foi puxado por centenas de Inferi para dentro da água e pode ouvir um "Não!" ser sufocados pela queda na água. As criaturas começaram a lhe puxar para o fundo em uma velocidade absurda embora ele ainda esteja tentando bater os pés para cima, e ele se pergunta quanto tempo demoraria para que seu fôlego se perdesse enquanto erguia o braço para cima, pateticamente, como se pudesse subir, observando o medalhão preso em seu braço, com correntes em volta de sua marca negra.

Ele gostaria de admitir pelo menos uma vez o quanto ele amava James. E que embora todo o caos, o quanto o mundo era silencioso sem ele.

Ele lutou o máximo que conseguiu, dentro da água, se sacudindo ou lutando para subir, mas Regulus deixava de enxergar a luz da superfície aos poucos, lamentosamente começando a aceitar aquilo. — Quando era mais jovem, ele costumava ser contado pelos outros jovens que seu fim seria tortuoso diante da bendita Terra.

Então algo o envolveu pela cintura. Regulus, em sua inconsciência, se perguntou por que aquilo parecia tão estranho, afinal a maioria dos Inferi estava lhe rasgando com as garras e cravando pontas afiadas em seu corpo, mas ele estava tão apavorado e estonteado que mal conseguiu perceber.

Exceto que...A forma como James toca gentilmente era impossível de não se reconhecer.

O amor por Regulus é construído por adagas, e James está feliz em sangrar.

BORN TO DIE | ✔ starchaser. (reescrita!)Onde histórias criam vida. Descubra agora