BORN TO DIE | ✔ starchaser. (reescrita!)

45❜ All too well, 1977

Aviso: capítulo longo. Estrelinhas e boa leitura!

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"Jesus, você é pior que Sirius! Shh─ está bem? Merlin." Regulus ouviu a voz de James vindo de sua esquerda e o encarou, pelo menos supôs, considerando que ele estava de olhos vendados.

"Só estou preocupado que você esteja tentando me matar." Reclamou, tateando as mão de James, que o segurou com segurança e o trouxe para frente. Regulus tropeçou, ou algo assim. "James! Porra, isso foi um galho? Eu tropecei em um galho? Onde diabos estam-"

Ele foi calado com algo macio cobrindo seus lábios. James o beijou por menos de um segundo, porque agora ele estava rindo, e sua pele estava vibrando. Regulus soltou ar pelo nariz, eventualmente sendo guiado novamente. As mãos de James estavam muito quentes contra seu pulso, e apesar de se queixar, Regulus não se importava em estar sendo guiado por ele. Na verdade, ele preferia.

Não que James soubesse, afinal seu ego já era monstruoso o suficiente.

"Vamos, agora você vai andar devagar para não escorregar, esse chão está com lama." James avisou, segurando Regulus pelos antebraços, fazendo com que ele se segurasse nos de James de volta, e assim ele fez, andou devagar. Podia sentir a lama escorregando embaixo de seus coturnos e fez pressão contra o chão para manter seus passos firmes.

James se preocupou em avisar isso também. O coração de Regulus inchou dentro do peito, como se estivesse mais quente e maior.

"Por que eu sinto que você está me levando para o meio da floresta?" Reg pergunta, soltando ar pelo nariz e olhando para baixo, como se pudesse enxergar algo.

James fica em silêncio, mas ele tem absoluta certeza de que ele está rindo e mordendo o lábio inferior.

"Merlin, eu juro que-"

"Tenha um pouco de fé em mim!" Um garoto risonho, é isso que James é. E Regulus sabia que havia algo de carinhoso em sua expressão. ─ Ele continua, "você vai gostar, e além disso, estamos sempre indo para lá de qualquer forma. Me dá um descanso."

Regulus revira os olhos com tanta força que inclina a cabeça, o desdém sendo perdido pela venda. Aquilo está atrapalhando suas táticas duronas.

"Enquanto andamos você poderia ir falando aqueles fatos esquisitos que você gosta, não acha?"

O sonserino resmungou. "Não são fatos esquisitos. Você é apenas sem cultura."

"Vá em frente, senhor cultura, me mostre suas profecias."

Regulus empurra o braço para o lado, o cutucando com o cotovelo, e ao julgar o gemido teve certeza de que o acertou em cheio, sorrindo satisfeito consigo mesmo ao sentir James soltar um de seu braços e esfregar a barriga. O grifinório eventualmente se aproximou, Regulus sentiu sua respiração quente, o apertando pelo braço quando sentiu um beijo ser depositado em sua bochecha antes de continuar o guiando. ─ Era quente demais não enxergar onde James estava, mas senti-lo se aproximar. Reg sente-se intimidado, mas, infelizmente, de forma boa.

"Bom," Limpou a garganta e puxou alguma informação do fundo da mente. "Quando começamos a ter aula com o professor Horácio, ele nos trouxe um livro chamado A Filosofia de Friedrich Nietzsche, em uma matéria trouxa ideológica, chamada Niilismo, e fizemos relações quanto à condição de criaturas como por exemplo, Licantropia. No livro, ele dizia que a natureza humana é egoísta, então sem lei todos desconfiam de todos. Por isso se justifica o absolutismo."

"Uau."

"Você não entendeu nada, não é?" Regulus não pôde evitar de sorrir para o nada.

"Pff, claro que entendi. Agora fique quietinho aqui, sim?" De repente, James o soltou, seu calor sumiu.