BORN TO DIE | ✔ starchaser. (reescrita!)

19❜ Tortured Poets Department, 1975

Regulus era magia pura. Algo constante, que se transforma, que seria capaz de quebrar um departamento de poetas torturados pela melancolia se o conhecessem. Alguém pela qual James perseguiria o Sol do verão para fazer calor mais tempo e o levar para conhecer a praia. Tinha algo doce nele, e James não sabia o que era. Mas era. Tudo nele era vicioso, a forma como era paciente, a forma como ele guardou as mágoas, a dor, a tristeza, por aquilo. Algo doce.

Regulus tinha algo doce. Como uma árvore de pêssegos.

E garotos grandes não ficam emotivos embora, por dentro, ele seja apenas uma criança crescida. Talvez seja por isso que James estava deitado no sofá. Olhos presos no teto enquanto escutava os estalos de Snaps explosivos e murmúrios longínquos de seus melhores amigos.

"Você está roubando!" Sirius retrucou, puxando a boca para o lado em uma espécie de birra.

"Você que é um mau perdedor." Remus posiciona mais uma peça.

"Não tenho culpa se nasci sendo um grande vencedor!" Reclamou de novo.

"Deixe-me pensar, e ao final de suas vitórias te serviam bandejas de prata e lencinhos para as mãos?" Zombou.

Seus olhos se erguem para o silêncio, encontrando os de Sirius se arregalarem pouco antes dele desviá-los e coçar o nariz, casualmente.

"Ah, não brinca..." Remus abre um enorme sorriso malicioso, de satisfação. Ele perturbaria Sirius com isso até o fim da vida, definitivamente. "Bandejas, Black? Vocês são uns idiotas."

"Eu não tenho nada haver com o serviço!"

"Oh, desculpe, o idiota é apenas você então. Absoluto. Um idiota absoluto."

"Besteira." Sirius estala a língua, acenando com a mão, como se afastasse o assunto. "O que importa é que você está roubando. Certo, Prongs?"

James não responde, alheio.

Sirius e Remus trocaram olhares antes de focar de novo no amigo. Mas antes que qualquer um pudesse dizer algo, Euphemia anunciou. "Queridos, Jantar!"

"Obrigado, Effie!" Remus não tira os olhos de James. "Estamos indo."

"Aposto 10 galeões que ele está alheio por causa de Lily." Sirius se vira, esticando a mão e sorrindo.

Remus aperta os lábios, se perguntando se aquilo era sobre quem ele achava que fosse, e segura a mão de Sirius antes de sorrir de lado. "Bom, eu aposto que não."

Então, em conjunto, os dois o sacodem. Exceto que Sirius está agora estalando os dedos na frente do amigo. "Alô? Onde você foi?"

"O que? Err, sim, claro que estou." James pisca algumas vezes, se erguendo nos cotovelos e encarando os amigos. "Eu viajei."

"Espero que tenha tirado fotografias, pelo menos." Sirius bufou. "Nos diga, estava sonhando com Lily?"

"...Ham?" James alternou o olhar entre os amigos, perdido. Remus nega, levemente, e inclina a cabeça para Sirius. — "Hmpf, eu não estava sonhando com Lily. Você sabe que não estou mais aqui, Sirius."

"É, não é? Que viagem, agora pare de favorecer Moony e seja mais humilde. Sabemos que você está apaixonado, e não quer admitir quem é a garota!" Sirius se ergue, bagunçando os cachos.

Ele empurrou o amigo, se levantando e se esticando. "Procure uma ocupação, sério, você está se tornando um encosto."

"Meus 10 galeões-" Remus se ergue também, estendendo a mão para Sirius e murmurando qualquer coisa que ninguém conseguiu decifrar.