BORN TO DIE | ✔ starchaser. (reescrita!)

27❜ The Prank, 1976

"O que é isso, Prongs?" Remus sentou-se na cama aflito, — tinha a cabeça prestes a explodir de dor — mas ignorou quando seus olhos focam nas vestes ensanguentadas do amigo.

"Não se preocupe, Moony." James sorriu fraco. Seu corpo zumbia e doía, mas ele tinha noção de que não podia ir até a enfermaria, não sobre aquele assunto. Afinal, haviam muitas coisas em causa ali, e aquilo tinha morrido entre os que estavam lá. — Por outro lado, era lua cheia. Ir para a enfermaria e deixar Remus era impensável. Sua dor podia esperar. — "Briguei com Snape. Ele socou um aluno mais novo e ele estava sangrando, foi bem lixado."

"Ah, sim." Remus relaxa o corpo, levando a mão à cabeça. " Você sempre atrás de problemas, né? Não responda, enfim, olhe- onde está Sirius? Eu acho que já preciso estar indo."

"Bem, ele está chateado com a briga..." James pensou em Sirius saindo de lá enlouquecido de raiva, para o corredor oposto. "Ele estará lá, eu garanto, só está cansado."

"Ah. Se ele está mal não precisa ir." Remus foi sincero, porque ele realmente não se importava. "Eu não me importo."

"Ele estará lá, Moony. Agora, vá, antes que Pomfrey venha te arrastar." James sorri de lado, acenando com a cabeça para a porta.

"Certo." Remus suspirou, se levantando.

"Precisa de ajuda?" Peter o encara, enxergando-lhe de cabeça para baixo, na cama.

"Não. Vejo você lá, sim?" Remus sorri carinhosamente antes de sumir na porta. "Até mais, Pety."

"Até mais, Moons." Peter suspira, virando-se para James. "Sirius está mesmo com raiva, não está? Se não está aqui com a gente. Me diga, o que aconteceu?"

James abre a boca algumas vezes antes de realmente se certificar do que diria, medindo delicadamente as palavras. "Sirius...Está chateado. Acho que devemos falar disso depois da lua, para não estressar Moony."

"Mas isso é uma coisa?" Ele se vira de barriga para baixo, preocupado. "Mesmo uma coisa?"

James balança a cabeça devagar, sorrindo levemente para a cama. "É. Definitivamente uma coisa."

Peter sorri também, mas cai os olhos sobre as vestes manchadas. "Você está bem, Prongs?"

James hesita. "Estou. Bem- Oh, quer dizer...Pety, aconteceu algo. Mas nesse momento, agora, Moony precisa de nós, e essa coisa pode ser resolvida com simplicidade."

"Hm." Murmura pensativo. "Tudo bem, só espero que você não esteja sendo modesto. Nós podemos te defender, James. Não tem de lidar com tudo sozinho."

E com a troca de olhares, o contrato foi firmado.

Ambos esperaram, esperaram muito. Tentaram jogar cartas ou tabuleiro. Conversaram, e James pode jurar que chegou a cochilar por alguns minutos. E, depois de tanto tempo, ele pega a capa e o mapa, colocando em cima da cama junto da varinha para se espreguiçar e acordar completamente para o serviço, tentando parecer o mais casual possível para manter Peter calmo, mas havia um nó em sua garganta trazendo um sentimento terrível de que talvez algo esteja errado.

E está, afinal, a tarde foi assustadora.

Mas James agora está sentindo uma espécie de medo estranha, como se sua vida estivesse correndo perigo ou, pior: alguém que ele ama não estar se sentindo bem.

"Onde ele está?" Peter suspirou frustrado. "Faltam alguns minutos, apenas. E eu disse à Moony que levaria um chocolate quente para que ele tomasse antes da transformação."

"Ele virá, Pety." De certa forma, nem ele acreditava mais nas próprias palavras. "Eu prometo."

Mas, assim que ele termina a frase, a porta se abre e Sirius desfila pelo quarto. Suas mãos molhadas depois de uma possível lavagem, um brilho úmido em seus cabelos — quer dizer, era óbvio que ele havia esfregado o rosto com água para aliviar o estresse — e um sorriso dissimulado acompanhando de um rubor mimoso em suas bochechas e serenidade no olhar.