17❜ Made Love, 1975

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Sirius estava presunçoso com aquela guitarra. Ele desfilava com ela nas costas, para que todos pudessem a ver. Uma criança crescida que sequer sabia como segurar o instrumento. — Remus estava mais do que feliz, estava obcecado. Ele sonhava e fantasiava sobre como Sirius estava manso desde que ganhou aquilo. O quanto ele parecia agradecido e de bom humor.

"Fixação." Marlene observou, quebrando seus devaneios.

"Pff, Bobagem." James desdenhou com a mão, "ele está sendo - Bem, o Sirius."

"O Sirius tem uma fixação, você sabe." Mary estabelece as aspas com os dedos, enfatizando.

"Falando no diabo..." Remus morde a bochecha, indicando que Sirius havia dado meia volta até eles.

"Falando de mim? Oh, de novo?!" E ao se aproximar e, revirando os olhos, implementou: "procurem uma ocupação, por favor, essa obsessão está ficando assustadora."

"Ah, não, aposto que você vai sobreviver se continuarmos falando de você até que seu nome perca o sentido" Remus piscou, devagar.

"Engraçadinho, isso é um desafio?!" Sirius apontou para as costas, a guitarra, e arqueou uma sobrancelha. "Porque se for um desafio, eu estou pronto para provar o quão famoso sou na boca de vocês, vossas exe-lerda-lências."

"Não se preocupe, Pads, seu pôster vai estar na folha central." Peter zomba, balançando a cabeça.

"Riam, pobres hienas, riam." Sirius gesticulou com as mãos. "Quando eu for um cantor famoso vocês irão falar comigo na rua e irei fingir que não os conheço."

"Que narcisista da sua parte." Mary ergue as sobrancelhas. Um sorriso divertido nascendo no canto de seus lábios.

"Eu diria esnobe." Remus acrescentou.

"Difícil de dizer." James fez bico.

"Tão complicado nosso Six." Marlene passa na frente, seus braços apoiados agora no ombro do lupino e da morena.

"Se bem que," Remus olha em volta. "Parece que está funcionando, todos estão gostando de o ver com aquilo."

"Se todo mundo pulasse de um penhasco, nós teríamos de ir junto?!" James põe as mãos no quadril, automaticamente se tornando uma cópia quase perfeita de sua mãe.

"Depende do dia." Peter ergue as sobrancelhas, tentando se manter firme, "e acho que, com todo respeito, você matou Effie depois disso."

"PAREM DE FALAR DE MIM!" ecoou, da frente.

"Pobrezinho." Mary nega com a cabeça, as mãos se juntando à frente do peito. "Precisa de atenção."

"Quem somos nós se não formos atenciosos?" Remus sorriu de lado, soltando-se gentilmente debaixo do braço da loira, virando-se para entrar na sala.

"É hora de superar, você não acha?" Peter pisca para Sirius, o vendo ferver de raiva antes de gralhar sala adentro e ser repreendido por Minerva e ter de ficar sem seu precioso instrumento. — Peter vai pagar por isso pendurado nas torres.

~

James passou a maior parte das aulas alheio, pensando nas três noites passadas. Regulus esteve lá, ele esteve na festa.

Mas agora ele o vê. — Como era possível? Aquilo o consumia por dentro. Quem era Regulus, afinal, se não uma porção de máscaras e trocas de personalidade? Era uma daquelas infinitas versões, ou todas juntas? O quão dele era real?

E a mais almejada por resposta: Regulus já havia se mostrado verdadeiramente para James?

Oh, aquilo pesava. Pesava tanto que puxava James para o inferno de seu descontentamento. A gravidade estava o puxando — a gravidade estava o puxando de volta—, trazendo a imagem de Regulus sentado de costas para ele, na mesa ao lado.

BORN TO DIE | ✔ starchaser. (reescrita!)Onde histórias criam vida. Descubra agora