Chapter 3: O centauro Finrenze

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Lenóra Villin.

Lenóra apertou a alça de sua bolsa enquanto entrava mais á fundo na floresta proibida.A luz solar começava á sumir a medida que ela caminhava mais e mais.A floresta proibida era um lugar bastante peculiar,além de perigoso,cheio de faias e de criaturas que não foram feitas para terem contato com os humanos.As profundezas daquele lugar pareciam ter saído direto de um conto de terror,mas Lenóra não tinha medo.Na verdade,era até familiar.

Achou realmente tediante que não houvessem folhas secas para que pudesse pisar e ouvir aquele som crocante e satisfatório,já que a luz do Sol dificilmente chegava lá.Ela parou subitamente quando uma flecha passou raspando pelo seu rosto e se cravou num tronco de árvore.Seus olhos se arregalaram com a surpresa,mas não gritou.

- Se você tivesse me acertado eu voltaria como um fantasma e lhe assombraria pelo resto da sua vida.

O forte e robusto centauro saiu de trás das árvores com um sorriso no rosto,seus cabelos longos e loiros presos em uma trança. - Você é uma bruxa inteligente demais para decidir voltar como um fantasma.

- Você até que tem razão. - Lenóra se sentou num tronco de árvore caído,deixando sua bolsa no chão. - Seria tediante.

Lenóra havia conhecido Finrenze em seu terceiro ano escolar.Naquela época seu pai não havia lhe dado permissão para ir á Hogsmeade pois achava que ela não era responsável suficiente para sair sozinha em lugares cheios de desconhecidos ( E ainda assim ele a havia deixado ir para escola,o que é meio controvérsio na opinião da garota),então ela teve de ficar no Castelo.

Claro que,com o castelo vazio e livre de pessoas insuportáveis,a mente curiosa de Lenóra começou á funcionar como se tivesse tomado 5 copos de energético.Quando se viu,estava caminhando pela floresta escura,até dar de cara com um centauro 2 anos mais velho e um pouco bonitinho.

O jovem centauro lhe deu um sermão de 10 minutos sobre o quão perigoso era uma criança como ela andar por lá sozinha.Ela ficou quieta o tempo todo,ouvindo atentamente,analisando o centauro,e naqueles dez minutos,conseguiu descobrir que ele não era como os outros centauros que não se misturavam aos humanos,ele tinha tanta curiosidade sobre a espécie humana quanto ela por criaturas mágicas.

Finrenze estendeu seu braço e retirou a flecha da árvore com um puxão.Lenóra observou a ponta da flecha,esmeralda brilhante,lixada e escupida,completamente afiada.

- Essa flecha aí vale um dinheirinho... - Lenóra ponderou.Finrenze levantou uma sobrancelha.

- Você já é rica,garota.

- Não,meu criador é rico.

- Aquilo vai ser seu algum dia.

Lenóra riu para valer. - Sim,vou levar minha herança para o túmulo e desfrutar dela na vida pós morte.

- Esse é o seu humor? - Finrenze olhou para os lados, desconcertado. - O que você quer,Lenóra?Sabe que não deveria estar aqui.Os centauros desconfiam desde aquela última vez que você...

- Não vai se repetir. - Ela o cortou,aquele humor sumindo repentinamente. - Estou me cuidando melhor agora.

Finrenze a olhou com desconfiança,e seu olhar se voltou para mais ao longe.Lenóra se levantou.

- Mas...

- Ah,estava demorando.

- Não é fácil conseguir pedra da lua. - Ela disse. - Você pode conseguir para mim,ou pelo menos me dizer onde se encontra?Preciso de verdade preparar algumas poções para...você sabe.

Lenóra - Regulus Black Onde histórias criam vida. Descubra agora