Chapter 14:A very Happy Family

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Tudo que eu fiz para tentar desfazer toda minha dor e todas as suas desculpas,eu era uma criança mas eu não era boba, alguém que te ama não faria isso.
  Family line - Conan Gray.

25 de dezembro de 1996.

Lenóra preferiria estar em qualquer lugar,menos ali.Preferiria estar na companhia de qualquer outra pessoa.Mas estava ali,no escritório do seu pai,lhe fazendo companhia.

Ela estava folheando o livro enquanto Markus terminava de ler relatórios de pacientes de St.Mungus.

- Este inverno está bastante congelante. - Disse Markus ao riscar a caneta contra o pergaminho. - Significa que terei muitos doentes e enfermos para tratar.

- Significa que você vai ganhar mais dinheiro. - Ela disse ríspidamente. - Você não se importa com eles,apenas os vê como carteiras prontas para serem esvaziadas.

Markus balançou a cabeça. - Não iria lhe fazer mal ser um pouco mais gentil.

- Não faço nada com gentileza. - Lenóra virou a página do livro,demostrando seu completo desinteresse pela conversa. - Você me ensinou isso.

- Não sei do que você está falando.

Lenóra o fitou por um momento,já sabendo as palavras que sairiam de sua boca e qual seria a resposta dele para elas.

- Minha mãe era gentil,e veja o que aconteceu com ela. - A voz dela soou fria,como gelo cortante. - Eu era gentil e veja o que me aconteceu.

Lenóra viu uma veia latejar na testa de Markus.Deixá-lo desconfortável, respondê-lo e decepcioná-lo eram hobbies que tinha adquirido no verão passado.Se não podia matá-lo lentamente (Pois infelizmente assassinato é um crime terrível) Ela poderia se contentar em ser uma péssima filha,e retribuir á ele alguns dos problemas psicológicos que ele a dera.

- Por que mencionar ela depois de tanto tempo? - O desinteresse na voz dele era inacreditável.

- Porque estou sendo atormentada pelas lembranças. - Ela fechou o livro um pouco forte demais. - Não costumava querer pensar naquela noite mas me lembro muito bem de como tudo aconteceu.Lembro-me de estar colhendo frutas com ela de dia,e de noite o corpo dela estava esfriando no mesmo gramado.

- Cale-se. - Ele disse entredentes,espiando por cima do ombro de Lenóra para se assegurar de que nenhum criado estivesse ouvindo.

- Você já a amou alguma vez? - Sua voz estava ficando mais alta,mais ansiosa e enraivecida.

- Lenóra...

- Qual foi a sensação de assassinar o amor da sua vida?

- Cale essa sua boca,ou eu arrancarei essa sua língua afiada,garota tola! - Markus estava vermelho como um tomate. - Você é boa em biologia não é?A vida é um ciclo,caso não se lembre,o indivíduo é formando,concebido,cresce,reproduz e então morre!Todos morrem um dia,e o dia de Anninka Nowak foi aquele.

- E quem era você para decidir quando ela morria?

- Quem era você para decidir por todos aqueles aurores que estavam na minha companhia naquela noite? - Ele retrucou.

Lenóra se levantou,espumando de raiva e caminhou em passos largos em direção á porta.

- Não me dê as costas quando estou falando com você!

Ela ignorou.Saiu de lá batendo a porta.Caminhou muito rapidamente até a sala mais próxima pois sabia que ele estava vindo atrás dela.Ela já havia decorado a cena.Ela o irritava e depois o ignorava,ele vinha atrás dela em passos pesados e furiosos e então...

Lenóra - Regulus Black Onde histórias criam vida. Descubra agora