Chapter 47: Inferis

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             Vivamus, Moriendum est.
   (Nos deixe viver, já que morreremos)

Lenóra quis não ter voltado para a sala do Professor Evers depois daquilo. Era como se tivesse pegado toda a sua dignidade e a jogado na lata de lixo. E para melhorar, tudo que Regulus fez quando ela o puxou para um canto foi sorrir e dizer o quão bonita ela ficava de verde.

- Esse não é o ponto. - Disse ela, estendendo a mão para devolver á ele a gravata certa. - O ponto é que o Sr.Evers, nosso professor, sabe que eu, uma mestiça, dormi com alguém da sonserina. Uma casa conhecida por abrigar supremacistas de sangue.

- Eu não me preocuparia com isso se fosse você. - Regulus pegou a sua gravata da mão dela, e tirou a de Lenóra de seu pescoço. - Ele vai sair da escola de qualquer jeito.

Lenóra ergueu uma sobrancelha. - E como é que você sabe disso?

- Você-Sabe-Quem amaldiçoou o cargo. Nenhum professor de D.C.A.T dura mais que um ano em Hogwarts.

Lenóra não sabia se isso a deixava mais tranquila ou ainda mais aturdida. Ela tinha se apegado àquele professor. E o Sr.Evers á ela. Mas não romanticamente, da forma que toda a escola pensava. Ele era como um pai que ela nunca teve, e ela a filha que ele nunca teve. Ou que talvez já teve? Lenóra não sabia sobre a vida pessoal dele.

  Logo ela retornou ás pressas para a sala de D.C.A.T. Grande parte da turma já havia entrado,e sentado e retirado o material para a aula. Lenóra se sentou na mesma mesa de antes, onde Pandora sentava ao lado.

- Onde você esteve? - Perguntou a loira retirando seus livros da mochila.

- Trocando de gravata. - Não era uma mentira.

- Quis dizer ontem á noite. Passei no seu dormitório mas você não estava lá.

- Ahm.. - Lenóra nem pôde responder, pois graças á deus o Sr.Evers se levantou de sua mesa e começou a aula. O giz levitou e começou á escrever sozinho o tema no quadro- negro.

- Inferis! - Exclamou, e o giz de espatifou contra o quadro. Algumas risadinhas reverberaram pela sala. - Alguém já ouviu falar?

Ninguém respondeu. - Alguém sabe me dizer o que são? - O professor deu um passo á frente, olhou para Lenóra que apenas desviou o olhar. Ele não conseguiu evitar sorrir. Sabia que ela ainda estava desconcertada.

Antes que ele pudesse continuar a porta da sala de abriu. Regulus chegou á sala tarde. Talvez tarde demais para não causar suspeitas.

- Está atrasado, Sr.Black. - Evers cerrou um pouco o olhar, que inconscientemente foi até Lenóra. Ela nem sequer estava olhando. Estava com a cabeça apoiada sobre o punho, com os olhos fixos em algum ponto da parede.

- Houve um imprevisto, professor.

Evers soltou uma risada nasal, mas não parecia ter muito humor. - Imprevisto. Claro. Pode se sentar.

Regulus se encaminhou até o fundo da sala como de costume, sentando-se ao lado de Evan Rosier.

- Como eu dizia, um inferius é nada mais do que um defunto. Uma pessoa morta enfeitiçada para cumprir as ordens de um bruxo. Uma marionete. Uma vez que estão mortos são incapazes de sentir dor e morrer novamente, o que torna quase impossível vencê-los. Agora... - Ele bateu as palmas das mãos, produzindo um alto estalo que ecoou para todos os lados. - Uma pergunta muito simples valendo 15 pontos para a casa que responder corretamente: Com base na situação atual que o mundo bruxo têm enfrentado, quem estaria levantando seu próprio exército de Inferis para vencer a guerra?

- Você-Sabe-Quem. - Lenóra respondeu baixo demais, quase um murmúrio. O Sr.Evers abriu um largo sorriso e apontou para ela com a mão.

- Eu adoro pessoas inteligentes. 15 pontos para a corvinal. Você-Sabe-Quem é a única alternativa correta. Caso não estejam acompanhando o jornal matinal profeta diário, já foram relatados pelo menos vinte casos de bruxos desaparecidos em que três  deles foram vistos em lugares como Little Hangleton, mas não tão vivos como costumavam ser. E se um bruxo das trevas está criando um exército dessas criaturas é meu dever como seu professor, ensiná-los á lutar contra elas. O primeiro passo é saber distinguir a diferença entre um humano vivo e um inferius...

Lenóra - Regulus Black Onde histórias criam vida. Descubra agora