Chapter 28: Diagon Alley

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As férias em Paris acabaram mais rápido do que Lenóra esperava. Markus tinha curado com sucesso, o senhor ricasso que sofria com varíola de dragão, e ficara muito feliz com o salário que recebeu em troca.

- Finalmente poderemos deixar esse lugar. - As malas dele levitavam atrás dele, e as de Lenóra estavam em suas mãos. - Odeio Paris.

- Eu gosto. - Lenóra respondeu enquanto descia as escadas atrás dele. - É um lugar muito artístico.

- Sim, lembro-me bem de você saindo sem minha permissão para ir naquele museu trouxa.

- Museu do Louvree. - Lenóra o corrigiu. - É um lugar bastante mágico, sabia disso? A magia dos sentimentos humanos...

- Me poupe desse papinho. - Ele disse quando chegaram no salão da hospedaria bruxa. Deixou todas as malas  cima de uma mesa de madeira oval. - Não compartilhamos os mesmos interesses artísticos.

Lenóra revirou os olhos e se jogou numa cadeira. - Quando vamos?

- Já era para ele estar aqui. - Disse Markus checando o relógio de pulso.

Ele olhou ao redor, procurando o homem baixinho que os levaria até a chave de portal, mas seu olhar parou em uma certa viúva que bebia café perto da janela.

Lenóra balançou levemente a cabeça quando ele a deixou lá e foi até a Zabini. Ele não se sentou com ela. Tocou o ombro da mulher, e quando ela olhou para ele, sorriu.

- Sr.Villin, que ótimo vê-lo novamente. - Ela deixou a xícara na mesa e se levantou para cumprimentá-lo. Ela olhou por cima do ombro dele para a garota sentada em uma mesa mais ao longe, os fitando com um olhar de desprezo. - Vocês já estão indo?

- Sim, vamos voltar para a Inglaterra. - Ele lamentou. - As aulas de Lenóra começam mês que vem, e temos que começar os preparativos.

- Entendo. Uma pena partirem tão cedo, eram uma companhia tão agradável. - O olhar dela correu para Lenóra por um breve segundo. - Bom, você é uma companhia agradável. Acho que sua filha não gosta muito de mim.

- Ela não gosta de ninguém, não se preocupe com ela. - Ele checou o relógio mais uma vez. - Temos que ir, mas se tiver interesse em nos visitar na Inglaterra, esse é o endereço.

Ele entregou um papel e saiu de lá com um sorriso. Quando chegou perto de Lenóra, o sorriso se esvaiu como se nunca tivesse existido. - Dá para parar de fazer essa cara de nojo toda vez que falo com Callen? Ela é uma mulher adorável.

- Eu sei que ela é. - Lenóra respondeu. - O problema dessa relação definitivamente não é ela, se é que me entende.

As narinas de Markus inflaram, coisa típica de quando ele estava com raiva. Depois disso Lenóra normalmente levava um tapa forte na rosto, mas ele estava se controlando muito bem ultimamente. - Um pouco de respeito da sua parte seria agradável.

- Um pouco de pontualidade do seu contratado seria agradável também.

No mesmo segundo que ela disse isso, um homem muito baixo entrou pela porta do estabelecimento correndo com uma bolsa enorme de couro marrom, que parecia estremecer em seus braços. - Sr.Villin! - Ele olhou rapidamente para todos os lados, e então seu olhar cruzou com o de Markus. Ele foi correndo até eles. - Mil perdões pelo atraso, a chave de portal vai se deslocar em 10 segundos.

- Vai receber menos por esse "imprevisto". - Markus deixou um punhado de galeões nas mãos trêmulas do homem, e então ele e Lenóra sumiram ao tocar na bolsa de couro.

02 de agosto de 1977.

Quando a passagem de tijolos se abriu e Lenóra vira a extensa estrada de pedra do Beco diagonal, seu ânimo se ergueu. Adorava tanto comprar novos materiais escolares que nem se importou com os cortes nas pontas de seus dedos de tanto tocar harpa.

Lenóra - Regulus Black Onde histórias criam vida. Descubra agora