Chapter 11:The letter

1.3K 182 107
                                    

Lenóra Villin.

A forma que Finrenze a contatou foi a mais burra e previsível que ele poderia ter usado,e mesmo assim o fez.Lenóra foi para a floresta o mais rápido que conseguiu,e encontrou o centauro de cabelos dourados aguardando atrás de um freixo.

- Você demorou. - Disse ele.

- E você quase me acertou com uma maldita flecha.

- Quase,mas não acertei.Minha mira é impecável. - Ele sorriu. - E eu vi você de braços dados com um ruivo sardento...

- Você trouxe? - Ela o cortou antes que ele continuasse.

Finrenze riu e estendeu a mão á ela.O objeto que pendia na palmas de sua mão era muito parecido com uma bola de cristal,porém possuía um brilho azulado fluorescente.

- Onde você conseguiu isso? - Ela perguntou pegando a pedra com cuidado,seus olhos pareciam brilhar.

- Não importa. - Ele disse. - Faça um bom uso baixinha,foi difícil encontrar.

Lenóra poderia tê-lo abraçado com força agora,mas os ombros dele estavam um pouco longe demais do alcance dela.

- Estou em dívida com você. - Ela disse. - Quando precisar de algo basta me chamar que eu resolverei.

- Lenóra,eu não acho que...

- Não recuse.Isso pode não parecer grande coisa para você,mas para mim é.Você está salvando minha vida.

Ele soltou um baixo suspiro. - Tudo bem.O ser que geralmente salva sua pele irá pedir por ajuda quando precisar.

- Muito melhor.

09 de novembro de 1976.

- Eu não acredito que você deixou ele plantado no meio do lago negro. - Camaria dissera á ela na manhã seguinte,durante o café da manhã. - Foi mancada.

- Você fala como se eu estivesse planejando fazer isso o tempo todo.

- Então por que foi embora?

- Eu estava com dor de cabeça,já disse. - Não era totalmente mentira.

- Ele disse que se ofereceu para ir com você na enfermaria e você recusou.

Merlin,ele parecia um chiclete que havia grudado no cabelo dela.Queria ficar perto dela o tempo todo e isso estava começando á irritá-la.Era na saída das aulas,nos horários livres,eram encontros.Agora nem sequer podia ir á enfermaria sozinha?

- Não preciso de companhia o tempo todo. - Ela disse ríspida.

- Você está sendo má,ele é um amor!

- Não tenho interesse em prosseguir com essa conversa. - Lenóra dispensou o assunto com um aceno.

- Você não tem interesse em nada,isso sim.

- Pode parecer chocante - Lenóra pôs uma mão no ombro de Camaria. - mas algumas pessoas tem algo de melhor para fazer da vida do que fofocar sobre garotos o dia todo.

- Sua... - Camaria se perdeu nas palavras. - Eu não faço só isso da minha...

- Um momento. - Lenóra ergueu um dedo e,remexendo a bolsa,tirou um caderno e o entregou á loira. - O trabalho de aritmância que você pediu.

Camaria a fitou por breves segundos,e com uma mão pegou o caderno e leu as anotações com cuidado.Sua expressão se tornou meio perdida,e então ela sorriu para Lenóra. - Obrigada,mas não vou fazer. - Ela disse devolvendo. - Nem sei que porra é essa.

Lenóra soltou uma risada baixa. - Posso explicar para você,se quiser.

- Hm... - Camaria reprimiu os lábios. - Adoro quando você faz aquele lance de ser legal e caridosa por poucos minutos,só que hoje não,tá bom? Não quero fazer esse negócio.

Lenóra - Regulus Black Onde histórias criam vida. Descubra agora