Chapter 30: Sixth year

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- Eu estou bem! - Já era a décima vez que ela dizia isso, mas não parecia entrar na cabeça de Markus.

- Por pouco Lenóra, por muito pouco! - Ele gritou de volta. - Se Elsie estivesse cuidando de você, cuja função ela é paga para exercer, não teria permitido que isso acontecesse, e se você fosse inteligente suficiente não teria entrado numa luta que não era sua!

Elsie estava em pé ao lado da porta da sala de estar, parecia um pouco inquieta, mas se recusava á abaixar a cabeça. Lenóra esfregou os olhos.

- Então eu deveria apenas deixar aquele homem morrer sem fazer nada? - Perguntou. Não era uma mentira. Talvez uma omissão das suas verdadeiras intenções, mas ela realmente tinha ajudado um auror.

- É exatamente isso que você deveria ter feito! Você não pode ficar arriscando seu pescoço pelos outros!

- É um pensamento muito egoísta esse o seu, pai. Você salva a vida das pessoas todos os dias. Por que eu também não posso?

Ele balançou a cabeça, parecendo realmente estressado. Derrepente parou no meio da sala, a observando. - Você não se arriscaria desse jeito para salvar alguém que você nem conhece.

Lenóra reprimiu os lábios, segurando uma risada. - Eu sabia que você me achava um monstro, mas não sabia que era pra valer.

- Não se isso não te favorecesse de alguma forma. - Ele ergueu uma sobrancelha. - O que você queria?

Uma ótima pergunta. Vingança? Estragulá-lo com as próprias mãos? Matá-lo lentamente? Não. Matá-los não era o suficiente. Eles tinham que sofrer, assim como fizeram ela sofrer. Porém tudo que ela respondeu foi: - Eu queria salvar uma vida. Só isso.

Markus a olhou, bem no fundo dos olhos, em busca de qualquer sinal de mentira. Mas Lenóra teve anos para aprender á esconder tudo muito bem. Quando criança, ele tinha a mania de coçar a ponta de seu nariz. Sua mãe achava engraçado porque sempre pegava Lenóra na própria mentira, mas quando foi levada para casa de Markus, foi necessário se desprender daquilo.

- Que nobre. - Disse ele com uma entonação óbvia de sarcasmo. - Elsie, poderia me acompanhar?

- Claro, Sr.Villin. - Ela esperou que ele passasse pela porta, trocou um olhar com Lenóra e o seguiu pelo corredor.

  Alguém estava com problemas e pela primeira vez não era Lenóra. Uma pena para a governanta. Talvez ela fosse demitida, ou talvez não. Se tivesse sorte seria afastada por um tempo.

Lenóra passou os dedos em sua calça ensanguentada, e levantou a mão no ar, observando a mancha vermelha em sua mão. Ela sabia onde ele estava agora. Sabia onde todos eles estavam. Xeque. As últimas peças estavam se movendo. Lenóra sabia qual seria a sua jogada final, e estava exprimido as últimas gotas de paciência enquanto aguardava pelo seu xeque-mate.

01 de setembro de 1977.

Lenóra sentia como se tivesse ficado anos longe daquele enorme castelo, mas quando passou pelos grandes portões na primeira noite de setembro, sentiu que tinha chegado em casa.

Tudo bem, não tinha amigos da sua idade e ninguém com quem pudesse confiar seus segredos, mas tinha uma pessoa que mesmo não tendo conhecimento das condições em que vivia, a compreendia.

Ela observou a professora McGonagall durante o banquete, sentada lá na mesa junto com todos os outros membros do corpo docente, enquanto Dumbledore dava seu discurso de abertura. Ela usava um chapéu pontudo e seu típico vestido verde esmeralda.

Ela tinha expressões muito duras, mas Lenóra sabia o quão coração mole ela era. Minerva era uma professora que amava a sua profissão, Lenóra era uma aluna assídua e dedicada. Elas se afeiçoaram uma a outra de alguma forma.

Lenóra - Regulus Black Onde histórias criam vida. Descubra agora