Chapter 17:The Ravenclaws

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- Você disse que eu deveria dar flores para ela.

Regulus balançou a cabeça. - Não,eu disse que você deveria descobrir a flor favorita dela, não é a mesma coisa.Você quer algumas aulas de interpretação?

Regulus entrou na seção de livros perdidos da biblioteca.Não tinha perdido nenhum,mas precisava de um livro de poemas novo já que tinha terminado o outro.

- Você disse que iria me ajudar,mas só está me atrapalhando. - Fabian cruzou os braços enquanto observava o sonserino vasculhar as caixas de livros velhos.

- Você está se atrapalhando sozinho, Prewett. - Regulus ergueu um livro,o analisou e depois o deixou de lado.

Fabian suspirou,se encostando contra a parede. - Ela nunca vai gostar de mim.

Regulus parou de mexer na caixa. - Está desistindo?

Ele não pode desistir agora.As provas finais nem começaram ainda.

Fabian deu de ombros. - Ela é complicada.É como tentar ler literatura Clássica e não entender uma palavra sequer. Ela é muita coisa acontecendo de uma vez só,e não sei se consigo lidar com isso.

- Ela é muita coisa... - Regulus guardou todos os livros de volta. - Ou você que não é o suficiente?

Fabian ficou pensativo. Regulus checou o relógio,depois olhou para os livros e deixou um suspiro escapar. Não havia um livro de poesia sequer.Nenhum desses alunos tinha cultura.

- Bom - O sonserino se levantou. - Eu tenho treino de quadribol agora, e não posso perder meu tempo com a sua vida amorosa se quiser destruir você e seu time no campo.

Fabian ergueu seus olhos cínicos. - Sabe que o nosso capitão é James Potter,não sabe?

- Irei me retirar da biblioteca com meu dedo do meio erguido para lhe mostrar o quanto eu me importo com isso. - E então,depois de fazer o que disse,Regulus desceu os andares até o campo de quadribol.

Quando chegou no pátio se surpreendeu com a quantidade de alunos da Corvinal amontoados lá,com cartazes erguidos e gritando coisas que nem faziam mais sentido para Regulus. "Chega de enigmas!Queremos senhas e um lugar para dormir!" .Ele suspeitava de que tinham usado feitiços para amplificar suas vozes,por que não era possível que tivessem potência para gritar daquela forma.

Regulus se esquivou para a ponte de acesso,enquanto ouvia uma conversa bastante interessante entre Flitiwick e um aluno da Corvinal: "Isso não vai ser possível,usem o bom senso!"  "O mesmo bom senso que Rowena usou quando inventou aquela porta maldita?Eu não entro no meu dormitório fazem dois dias!".

Regulus riu enquanto caminhava até o campo,e lamentou internamente por não poder ver mais daquela loucura.
Seu time já estava no vestiário,todos com suas capas verdes e vassouras em mãos.

- Você está um pouco atrasado,Black. - Disse o capitão,Hugh Montague. - Vá se trocar para começarmos.

- Sim,Senhor.

Logo eles estavam no campo,treinando lances e arremessos. Regulus só estava parado no ar em cima de sua vassoura,observando o que faziam.Ele era apanhador,não tinha nada a ver com aquele treino.

- Black! - A voz de Montague soou atrás dele.Regulus virou a cabeça,e viu o capitão com algo dourado no punho. - Faça o que tem que fazer. - Ele abriu a mão,e o pomo de ouro saiu voando tão rápido que Regulus mal teve tempo de se segurar na vassoura antes de ir atrás dele.

Regulus avançou atrás da bola minúscula,e pra sua sorte era inverno,e o dourado se destacava muito bem no branco da neve.O pomo voou em direção ao céu,e Regulus o seguiu,indo o mais alto que pôde.A bola gostava de enganar,se esquivando para os lados para baixo e para cima,e quando se deu conta,ela já não estava mais a vista.

Regulus parou lá no alto,seus olhos focados no campo como um falcão,á procura do pomo.Cometeu o erro de olhar para baixo,e então se deu conta do quão longe do chão estava.Geralmente ele evitava pensar nisso,tendo apenas o objetivo de vencer em mente,mas agora olhando lá de cima,Regulus sentiu um pequeno calafrio percorrer sua espinha.

Não podia ficar nervoso,ou ficaria sem ar por conta da maldita asma.Ele olhou ao redor,e viu a bola dourada voar á sua volta,depois voar para baixo em direção ao campo,e Regulus mergulhou atrás dela.

Sentia o vento frio bater em seu rosto,passar por entre os seus cabelos e fazer sua capa esvoaçar.Ele estendeu o braço,quase pegou.Se demorasse demais,bateria com tudo no chão e se espatifaria.Esticou o braço ainda mais,e então mais um pouco,e seus se fecharam ao redor pomo.

Assim que o treino terminou ele voltou para o castelo.Já estava começando a escurecer,suas bochechas estavam coradas,e ele não sentia frio por conta do exercício.Ficou um pouco decepcionado por não ter mais ninguém no pátio,estava ansioso para ver toda aquela confusão.

  Tudo que queria era ir para seu dormitório,se deitar em sua cama e dormir por um longo tempo,mas tinha que fazer ronda com Lenóra Villin.

Estava subindo para o quinto andar onde geralmente se encontravam,mas teve de parar no terceiro andar quando viu uma movimentação estranha no corredor.

Haviam duas pessoas agachadas perto da porta de entrada da comunal da Corvinal.Ele reconheceria aqueles cabelos incrívelmente volumosos em qualquer lugar,mesmo amarrados num rabo de cavalo baixo.A outra não reconhecia, tinha cabelos longos e quase platinados,usava também o uniforme da Corvinal.

Ele as observou.Susurraram algo uma para a outra enquanto mexiam em algum tipo de caixa.Tinha algo metálico dentro dela,e também viu algo parecido com fios.Lenóra puxou um deles para fora da caixa,e Regulus viu a loira acender fogo com sua varinha.

- Ei! - Ele gritou quando percebeu o que fariam,mas a loira já tinha acendido o pavio,que começara á queimar rapidamente.As duas se levantaram,e então correram.Lenóra esbarrou em Regulus,mas não teve tempo para xingar todas as gerações de sua família,apenas o puxou pelo braço para longe,e então uma explosão ressoou pelo corredor,fazendo o chão tremer. Regulus quase caiu no chão,e tinha quase certeza de que estava surdo.

A fumaça os seguiu no corredor,mas Lenóra tinha um sorriso estranhamente radiante.Um sorriso que Regulus nunca pensou que poderia se formar no rosto de uma pessoa tão rabugenta como ela.

- Acho que ocorreu tudo bem. - Ela tirou os óculos redondos de químico do rosto,olhou para a loira,depois para Regulus. - Vamos embora daqui antes que alguém apareça.

Lenóra - Regulus Black Onde histórias criam vida. Descubra agora