No fim das contas aquela viagem nem era por causa dela. Markus Villin estava viajando á trabalho e não queria deixar Lenóra sozinha de forma alguma. Elsie, a governanta, estaria de férias até o início de agosto, então não poderia acompanhar a garota.
Lenóra estava agora sentada na grama do Campo de Marte, onde ficava a famosa Torre Eiffel. Era uma visão bonita de se ver, e á noite com suas luzes acesas, deveria ser mais lindo ainda.
Ela estava tentando ser atenta enquanto desenhava o que via, mas aquela filha do auxiliar de trabalho de Markus, irritante e tagarela não parava de falar por um segundo.
- Como é lá em Hogwarts? - Perguntou a garotinha enquanto pulava sem parar ao redor de Lenóra.
- É ótimo. - Respondeu ríspida. Os cabelos lisos da garota não paravam de voar no rosto dela.
- E você tem muitos amigos? - Ela se apoiou nos ombros de Lena, e aproximou o rosto do caderno. - Uau, você desenha tão bem!! Você me ensina?
- Eu não sou uma boa professora. E saia de cima de mim.
A garota saiu num pulo, e correu até o pai dela que estava mais ao longe, em pé trocando comentários sobre a estrutura da torre com Markus.
- Pai! - A garota o cutucou no braço. - Pai, papai, papai!!!
- O que foi, Olivia? - Ele abaixou sua cabeça para olhar para ela com um sorriso.
- Eu queria um sorvete.
- Isso parece bom. - Disse Markus, enfiou a mão no bolso do casaco e tirou dinheiro trouxa. - Aqui, diga para Lenóra ir com você.
A garota sorriu, então pegou o dinheiro rapidamente da mão de Markus e saiu correndo em direção á Lenóra.
- Seu pai mandou você ir comprar sorvete comigo.
- Estou ocupada.
- Por favor!!!!
- Não.
- Por favor, por favor, por favor!!
Lenóra bateu seu lápis contra o caderno, e por um segundo a garotinha recuou. Lenóra sorriu. - Se eu for, você promete esquecer da minha existência e deixar que minha alma descanse nesse país infestado de ratos que é a França?
A garotinha pareceu pensar por um momento, e depois assentiu com a cabeça. - Prometo. - Ela não tinha a mínima ideia do que Lenóra queria dizer.
Elas caminharam até a barraquinha de sorvete mais próxima. Estava em uma calçada perto do rio, onde muita gente passava.
- Que voulez-vous, mesdames? - Perguntou o sorveteiro. Ele usava um avental listrada e uma mecha de seu cabelo escuro estava escapando do chapeuzinho engraçado. Parecia ser jovem, no máximo uns 24 anos.
- Ahm... - Lenóra não entendeu o que ele havia falado. Talvez ele tenha falado "senhoritas" no final da frase. Maldito Markus Villin. Por que a fez estudar línguas mortas invés de línguas que fossem realmente agregar em sua vida? - Sorvete de morango?
Ele pareceu não entender, e continuou a olhando com atenção, com um sorrisinho brincando em seus lábios. - désolé, je n'ai pas compris, mademoiselle.
- Gelato... de morango? - Ela tentou. Aquilo era italiano, claro que ele não entenderia. - Classic glacies crepito? - Agora era em latim. Olivia estava rindo no canto, e Lenóra a encarou com um olhar gélido.
- Oh! glace à la fraise? - Ele apontou para o compartimento com um creme rosa.
- Oui. - Respondeu Lenóra, aliviada. - glace à la fraise.
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Lenóra - Regulus Black
Fanfiction" Eu espero que em algum dia, quando eu me for, alguém em algum lugar pegue minha alma dessas páginas e pense: Eu teria amado ela". - Nicole Lyons- Uma garota com uma vida atormentada se cansa de conhecer apenas a solidão. Cri...