Chapter 12: House of Villin

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Lenóra Villin.

Elsie Graham.Lenóra podia definir a mulher em algumas palavras:governanta,aquela que a instruiu em arte,música e literatura,a sua ajudante.Mas preferia usar o termo "A primeira mulher á traí-la".

Ela era uma bruxa alta e esguia,sua pele era clara,suas sardas pareciam ter sido pinceladas detalhadamente e com precisão com o mais fino dos pincéis,seus cabelos eram lisos escorridos bastante escuros,não aparentava ter muita idade mas os fios prateados denunciavam sua transição para a velhice.

Lenóra a viu no momento em que pôs os pés para fora do trem.Seu cabelo estava preso em um coque baixo e ela usava seu típico chapéu pontudo.Elsie não precisou acenar,Lenóra já caminhava em direção á ela.

- Olá,Srta.Villin. - Ela abriu um sorriso automático. - Seu pai não pôde comparecer,então pediu que eu viesse buscá-la.

- Ele disse que não estaria ocupado.

- Na realidade,ele recebeu um chamado urgente em St.Mungus,mas estará em casa até o jantar.

- Hm. - Lenóra resmungou,observando um aluno do primeiro ano correr para sua mãe em um abraço afetuoso. - Podemos ir?

- É claro. - A bruxa tomou o cuidado de dar um passo para trás antes de pegar a mão de Lenóra e segurar firme.A garota apenas sentiu um forte puxão atrás do umbigo e tudo ficou embaralhado. Quando tudo voltou ao normal,a visão da enorme e o casarão da família Villin pairou diante de seus olhos como a de um desenho em um antigo livro de terror.

Era uma grande casa,tanto em espessura quanto em largura.Não era nada parecida com as dos contos de fadas,mas talvez parecida com as de livros de vampiros:Feita no estilo da arquitetura gótica,com torres ponteagudas,janelas enormes e estátuas gregas para decorar o fronte.Aquelas duas ela chamava de portholes. Vigias.Aqueles que observam tudo.Ela podia jurar que uma vez já vira um deles acompanhar seus movimentos com os olhos de mármore,sem vida.

Lenóra passou pelo portão de ferro ao lado de Elsie,e uma grande abóbada de berço marcava a entrada para o começo de um pesadelo.

- Tenho uma reunião com o restante dos criados neste momento. - Disse a governanta enquanto checava o relógio de bolso no hall de entrada. - que tal ir se organizando no seu quarto?

Lenóra assentiu com a cabeça,então se virou para subir a escadaria.A mansão tinha alguns andares,e seu quarto ficava no último,numa das "pequenas" torres.

Lenóra girou a maçaneta e a porta se abriu,revelando o cômodo largo em que passou uma boa parte de sua infância aprendendo á mexer com coisas do mundo mágico,além de ter estudado artes e línguas mortas com a mulher da qual se despedira á alguns minutos.

Seu quarto era vasto,mas estava sempre cheio de tralhas.Em um canto,estavam todos seus instrumentos musicais,no outro,telas de pintura e uma coleção de tintas.Uma parede inteira estava pregada com quadros pintados á mão,outra tinha um quadro negro cheio de anotações em pergaminho grudadas:Frases de livros que já leu ou poemas e outros desenhos á lápis.Em outro canto,tinha o seu armário de estoque para poções.

Lenóra deixou sua bolsa na mesa de madeira e o silêncio do quarto pareceu estranho.Errado.Camaria não estava ali para encher o seu saco.Fabian não estava ali para tentar fazê-la rir a cada 15 milissegundos.

Lenóra esqueceu de qualquer pensamento quando seu olhar encontrou sua harpa sinfônica brilhando com a luz do Sol á frente da janela.Ela se aproximou lentamente,tocando suas cordas gentilmente como se estivesse saudando um amigo que não via á muito tempo.

Quando seu pai sugeriu que ela tocasse algum instrumento Lenóra realmente achou uma grande perda de tempo. "Não possuo uma expectativa de vida decente e o velhote quer que eu aprenda á tocar instrumentos?", Mas Markus Villin acreditava,mais do que ela,que a garota teria sua chance de viver,e uma pessoa realmente bem sucedida na vida é primeiro uma pessoa bem instruída.

Lenóra - Regulus Black Onde histórias criam vida. Descubra agora