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               { — ZIA FORD — }

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{ — ZIA FORD — }

Eu estou obcecada.

O que tanto temo para não acontecer, acontece.

E para piorar na minha obsessão, o idiota esconde qualquer papel simples que possa existir sua caligrafia nele, além dos textos eróticos.

Sei que estou sendo um pouco louca, e talvez no fundo da minha mente, eu saiba que David é o autor daquilo. Mas eu preciso ver, preciso ouvir e até mesmo vê-lo escrevendo.

É mais forte que eu, algo que não consigo entender, apenas ver. O que pretendo fazer? Nada, apenas ficar ciente que ele escreve putarias literárias, e droga, são boas.

Se fez uma semana desde o jantar com Sam e Jay, e na noite seguinte, eu achei outro papel. Curiosamente descansado no balcão ao lado da geladeira, onde ele também deve usar para escrever.

Era quase cinco parágrafos inteiros, e dessa vez, eu pude entender a história melhor. Se tratava de uma mulher inteligente e revigorante em busca do seu Mestrado em física em uma universidade localizada no interior de uma cidade grande, e ela acaba se envolvendo de forma quente com o dono do hotel que estava hospedada, as cenas de tensão são forte e tudo gira em torno do proibido quando a personagem descobre que o dono do hotel, é também reitor da universidade.

O proibido sempre sendo frisado por David, e principalmente, o cheiro de framboesa e baunilha que a personagem principal possui.

As cenas são quentes, e quando percebi, já estava no sofá cruzando as pernas a cada palavra lida.

Passei praticamente a semana toda fissurada pelo apartamento procurando um desses papéis brancos, e ao mesmo tempo que pareciam escondidos, pareciam abertos para eu os achar.

E merda, eu achei, e li mais de duas vezes cada um. Sei que isso é invasivo, e que não tenho direito, e talvez eu vá para o inferno, mas caramba, eu sempre peço por mais mentalmente.

Mas na quinta à noite, eu decidi parar, decidi dar um fim nisso que mantém minha obsessão viva, não procurei seus papéis ou corei na sua frente, simplesmente apaguei da minha memória.

Chega.

Hoje é sábado novamente, e eu estou com Agnes bem na minha frente dizendo ao cara que ela dormiu ontem, dar o fora dali. Estamos no shopping para comprar roupas que ela irá usar na estreia dos seus novos designers de sapatos, que, incrivelmente, já estão prontos.

Observo enquanto ela expulsa o seu amante da noite passada e diz que era casual, meio surpreso, o cara se manda para longe.

— Você é impiedosa quando não quer alguém — ela olha para mim, aperto os lábios com o olhar estranho.

— Preferiria que os enganasse? — sua sobrancelha se ergue.

— Não prefiro nada, não sei por quê falei aquilo, a vida é sua. — sorri, nervosa.

Na Sua Porta Onde histórias criam vida. Descubra agora