TRIGÉSIMO TERCEIRO

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{ — ZIA FORD — }

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{ — ZIA FORD — }

1 mês depois...

São sete horas da noite.

O trabalho parece cada vez mais cansativo, meus pés doem do tênis e tenho quase certeza que tenho olheiras.

Não durmo direito a quase um mês, Agnes que está exigindo muito dos novos funcionários e mais ainda dos antigos, que no caso sou eu. A nova coleção para SW está a todo vapor e cada dia mais linda, e para isso, precisamos nos dedicar 100%.

Isso inclui chegar tarde em casa todas as noites, passar finais de semana resolvendo problemas que podem surgir e ficar trancada com Agnes no apartamento dela, teve duas noites que ela literalmente me fez dormir lá. Mas ao menos conseguimos fechar os pares que faltavam para a apresentação daqui algumas semanas.

Estávamos perto de terminar tudo, e eu estou ansiosa por isso.

Só não mais ansiosa para ver David, faz quase uma semana que não escuto sua voz, e moramos juntos. Quando chega a noite, ou ele ainda não chegou do trabalho e eu simplesmente não aguento ficar acordada, ou eu chego mais tarde que o normal e é ele quem está dormindo.

Nossas manhãs não existem mais, saio muito cedo de casa e ele ainda está dormindo com a gatinha nos pés.

Só mantemos contato por mensagens, sejam em áudios curtos ou fotos, mas é visível que ele se recusa a deixar de falar comigo, e insiste, mesmo que seja por mensagens rápidas.

É isso me faz sorrir como uma idiota, vê-lo me querer tanto me faz o querer ainda mais.

No momento, estou no apartamento de Agnes ajustando alguns detalhes contratuais com ela, apenas duas pessoas se juntam a nós. Estou falando com elas sobre o uso excessivo de glitter e como Agnes não vai aprovar a montagem no sapato.

Ela está sentada no sofá desenhando alguma coisa, estou exausta e com uma fome dos infernos, todos nós estamos.

E parece que Deus me ouviu quando ela levanta do sofá se espreguiçando.

— Acho que deu por hoje.

Suspiro em alívio, quando entramos nesse negócio com a SW, sabíamos que fazer alguns sacrifícios seriam necessários, incluindo nosso tempo livre. Mas seríamos recompensados no futuro, então o trabalho valia a pena.

Falo com os outros dois funcionários que estão sorrindo de alívio como eu, aperto as mãos dos dois falando uma frase de despedida, mas sou interrompida.

— Na verdade. — Agnes caminha até a mesa onde estávamos. — Faltam detalhes pequenos no último modelo, depois disso podemos terminar.

Franzo o cenho, vendo os ombros dos outros funcionários caindo.

— Agnes...

— Vamos, Zia, falta pouco — Agnes me abraçou de lado, suspiro. — Lembre-se da recompensa, o trabalho valerá a pena.

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