ÚLTIMO CAPÍTULO

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{ — ZIA FORD — }

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{ — ZIA FORD — }

Arrasto as malas pelo aeroporto e checo meu celular pela décima vez no intervalo de dois minutos, onde ele está!?

Deixei a empresa com um buraco vazio no peito, ele me disse que passaria a manhã trabalhando e logo voltaria para casa.

Mas ele não estava.

Patrick foi o único em quem consegui dar um abraço de despedida, e por sorte, Kira, Sam e meu irmão estavam com ele. Fui rápida em pegar minha única mala de rodinhas e seguir para o aeroporto depois de explicar a partida.

Ligo para David uma última vez e cai direito na caixa postal, Agnes havia me mandando uma mensagem há alguns minutos dizendo que os outros funcionários tinham viajado com antecedência, o que significava que eu tinha de ir logo também.

Não havia como fugir do que estava premeditado, e no fundo, onde eu me recuso a acreditar, é melhor que eu vá sem me despedir dele porque se o fizesse e ele me pedisse para ficar, eu ficaria. Foda-se se era uma decisão burra ou muito imatura, eu o amava, e pela primeira vez na vida eu tive certeza de um sentimento no meu coração.

Ninguém deveria tirar isso de mim.

"Não vá".

A voz na minha cabeça é forte.

Coloco a mala para passar no raio x e meu corpo se move pela máquina de metal, uma pessoa me revista e eu pego meu celular de volta quando ele acende, penso que é uma ligação, mas é apenas meu celular dizendo que desligaria.

Bufo alto enquanto a mulher à minha frente revista as minhas coisas.

"Não vá".

Penso em desligar o celular de uma vez, mas antes disso acontecer, recebo uma mensagem de voz na conversa com David. Junto às sobrancelhas e olho em volta achando que ele estava aqui.

Sua foto me desmonta, e eu paro ali mesmo no meio do aeroporto admirando seu sorriso na foto e a gatinha do lado com uma patinha no seu olho, meu coração acelera em desgosto ao pensar que deixarei isso.

"Não vá"

Sinto lágrimas invadido meus olhos, e mexer meu corpo parece inútil.

Eu não posso ir.

Eu não posso.

Transpiro e inspiro, acho que vou desmaiar.

Outro sinal do meu celular ameaçando desligar e não perco tempo em clicar para ouvir o áudio.

Demora algum tempo para eu entender o que estava acontecendo, a voz de David e Agnes ressoa para o meu cérebro como uma droga injetável, e o efeito estava começando a vir quando senti minhas veias fervendo de ódio.

"Não vá"

No final do áudio, meu celular apagou de vez e eu fico muito tentada em jogá-lo no chão por ter sido enganada de um futuro melhor, por achar que eu poderia voar sem realmente correr.

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