DEZESSEIS

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            { — DAVID HARRIS — }

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{ — DAVID HARRIS — }

Abro a porta com uma Zia do meu lado completamente descabelada, o olhar que o síndico nos dá seria hilário se eu não estivesse parecido com aqueles zumbis de filmes.

— Boa noite, hmu... recebemos algumas reclamações de barulho... — ele parece tão desconfortável quanto nós.

— Sentimos muito, senhor Land, tivemos um... hum... problema — Zia sorri de forma desengonçada.

— Entendo — ele para de nos analisar e eu me apoio na porta assim que seus olhos fogem para dentro do apartamento e a zona dele.

— Ela está certa, vamos tentar soar mais baixo — Zia me cutuca com o cotovelo para que eu pare de falar e eu não reprimo o sorriso no rosto. — Ela é mesmo barulhenta.

— David!

— É isto, boa noite, senhor Land, desculpe mais uma vez — aceno para ele com os dedos antes de fechar a porta novamente.

Encaro Zia que parece muito tentada em me dar outro peteleco.

— Tinha que dar a entender que estávamos fazendo... coisas?

— Coisas? — levanto uma sobrancelha, inocente.

— Você entendeu. — balança a cabeça.

— É melhor do que falar que você tem um rato aqui, seria expulsa.

— Você tem uma gata.

— E ela é educada.

— Claro — ela ironiza antes de pegar o abajur quebrado no chão. — Olha o que ela fez.

— Qual o seu lance com abajur?

— Esse foi o primeiro item que eu comprei para a minha casa, ok? Tem um valor para mim — ela suspira, triste. — Quer dizer, o outro abajur que a sua foda quebrou.

— Se serve de consolo, nem chegamos lá.

— Não, não serve — ela me olha irritada.

— Vamos começar a arrumar isso, pode demorar bastante.

Ela suspira novamente.

— Eu começo pelo o meu quarto e você pelo banheiro.

— Ok.

Meia hora depois, termino o banheiro e vou para o meu quarto, uma zona também. Começo a limpar já sem o paletó preto nos ombros e os sapatos sociais.

Mas de repente, meu coração acelera quando não acha uma folha de papel em questão, a folha a qual eu tinha escrito uma das cenas mais intensas de sexo que já fiz, porra!

Vasculho o quarto e quase o desarrumo tudo de novo, mordo o canto da boca nervoso e passo a mão no cabelo quando é oficial: o papel não está aqui.

Merda.

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