TRIGÉSIMO SEXTO

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{ — DAVID HARRIS — }

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{ — DAVID HARRIS — }

Porra, ela era muito boa nisso.

Zia dança comigo entre os casais e faz passos tão sincronizados que quase não acompanho, agradeço aos deuses quando uma música lenta começa.

A colo no meu corpo e seus braços ficam em volta do meu pescoço, beijo seu ombro disfarçadamente apenas para sentir seu cheiro gostoso.

— Você é boa nisso.

— Tenho muitas habilidades, tesão.

— Tesão? Você acabou de me chamar de tesão? Você bebeu?

Ela sorri, as mãos me apertando sempre que podia e eu fazia o mesmo com as mãos na sua cintura.

— Zia?

Nós paramos de dançar quando uma mulher desconhecida apareceu.

— Katy, o que foi? — a garota tenta sair dos meus braços, mas eu a prendo ali.

— Estamos com um probleminha com alguns documentos para a SW, você tem alguma cópia do contrato no celular?

— Tenho, está na sala lá em cima, eu vou pegar.

Ela olha para mim, não movo as mãos, seu olhar se intensifica como uma forma de me repreender e eu muito a contragosto, solto sua cintura.

— Não vou demorar — é o que ela diz antes de sumir com a tal Katy.

Suspiro e depois movo as mãos para o bolso quando meu celular começa a tocar, saio do centro do lugar e vou para uma sala à parte para atender com privacidade.

Deixo a porta encostada e atendo a ligação de Patrick.

— Alô.

— Onde está, piranha?

— Acha que está ligando para a sua mãe? — provoco, posso visualizar seus olhos se revirando.

— Estou na sua porta e você não atende.

— Talvez eu esteja te ignorando.

— Duvido muito, você me ama.

Aperto os lábios.

— Só de sexta a domingo, na verdade.

— Onde você está?! Quero assistir um jogo.

— Sai com Zia.

Silêncio.

— Não acredito que está me trocando por ela.

— Trocando? — levanto uma sobrancelha.

— Você só quer saber dessa garota agora, é Zia para lá, Zia para cá, onde Patrick entra?

— Você é tão dramático.

Na Sua Porta Onde histórias criam vida. Descubra agora