VIGÉSIMO OITAVO

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{ — DAVID HARRIS — }

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{ — DAVID HARRIS — }

Drika me abraça com força, parece agradecer com o gesto carinhoso do que com as palavras.

Nos afastamos no meio do aeroporto e eu apenas aperto sua mão dizendo indiretamente que foi um prazer ajudá-la, seus pais souberam o que minha mãe fez e pediram para a filha voltar, as férias tinham terminado.

— Eu gostei muito da cidade, espero voltar outras vezes — Drika larga minha mão e pega a mala do chão.

— Já tem onde ficar da próxima — pisco e ela concorda olhando para Zia, que apenas acena.

— Foi um prazer, Zia. Você é maravilhosa, já andou de metrô antes?

A garota aperta os lábios,

— São bem mais seguros que ônibus, com certeza — ela diz, toda descabelada.

Coitada.

— Adoro ver vocês dois juntos, combinam. E ele está gamado em você — ela solta essa merda no ar e depois se vira em uma corridinha ridícula para longe.

Estou estático olhando para a sua mala se distanciando, demora alguns segundos antes de eu criar coragem e olhar para Zia que está com os braços cruzados.

— Ela disse que você está gamado em mim?

— Ela não disse tal coisa. — afirmo, indiferente.

— Disse sim! — Drika grita do portão de embarque antes de desaparecer e eu finjo pegar uma coisa idiota do chão e jogar nela.

Ajeito minha camisa no corpo e suspiro antes de olhar para ela, Zia tinha um sorriso bobo no rosto.

— Você está vermelho.

— É ódio.

— Então você está gamado em mim? — ela finge checar as unhas e eu aperto o maxilar, convencida.

— Não, não sei de onde ela tirou isso. Mas ei, você é lésbica.

— Eu não sou...

— É sim! — falo, alto demais. A comissária que passa do nosso lado quase teve os olhos para fora no meio do grito.

— Que seja! Se eu fosse, pegaria mais mulher do que você.

Abro a boca super ofendido e sigo suas pernas quando elas se movem para fora, Zia vai mexendo a mão como se tudo o que eu falasse fosse irrelevante.

— Quer saber? Você é muito irritante! — aperto as mãos para não bater na sua bunda que rebola para fora. — Você se acha a melhor em tudo, mas adivinha, você é péssima!

Ela para de andar no lado de fora e vira para mim.

— Péssima? No que exatamente?

— Vamos começar pela bebida.

Na Sua Porta Onde histórias criam vida. Descubra agora