Livro Único
SINOPSE:
"Ela precisa aprender a lidar com a vida adulta, e ele precisa aprender a lidar com ela"
Ela sempre teve tudo o que uma garota rica e bonita pode ter na cidade de Londres, Zia Ford nasceu em uma família milionária e propensa a...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
{ — ZIA FORD — }
Eu estou confusa.
Quer dizer, David está me deixando confusa.
Passamos a semana inteira nos provocando como sempre, mas dessa vez, com uma empatia a mais, como se estivéssemos realmente nos divertindo, e não só para ter o prazer de magoar o outro.
Desde a cena do banheiro, ele não voltou a falar da mãe, e age como se ela de fato, não existisse. Mas acredito que se vê-la novamente, terá uma reação grande daquelas.
Como se seu cérebro apagasse a informação da progenitora, mas assim que faz contato visual, tudo volta com força.
David é extremamente magoado pelas coisas que a mulher disse, não sei muito, e mal consigo imaginar o resto das falas infelizes que ele deve ter escutado, mas por um breve momento, eu quis estar em todas elas para confortá-lo.
Isso é muito... inesperado.
Por falar em pais, meu celular começa a vibrar na calça enquanto estou subindo no elevador do prédio.
O nome do meu pai brilha na tela e eu preciso de cinco segundos para acreditar que ele estava mesmo me ligando, desde a nossa briga na Inglaterra, não tivemos contato, apenas informações que minha mãe repassou de mim para ele.
— Pai? — atendo.
Um silêncio por algum tempo.
— Olá, Zia.
— O que houve?
Saio do elevador entrando no corredor longo e estreito.
— Nada em particular, eu apenas... hum... quero saber como você está.
Levanto uma sobrancelha.
— Mamãe te obrigou a me ligar?
— Não.
— Jay?
— Desde quando Jayden me dá ordens?
— Estou surpresa, pensei que não quisesse falar comigo.
— Não é só porque você acha que pode brincar de casinha que deixei de amar você.
Reviro os olhos, sabendo que ele está sorrindo do outro lado.
— Eu não estou brincando, eu tenho uma vida.
— Querida, veja, eu... acho que exagerei com você.
Paro de andar no corredor, para me encostar vagarosamente em uma parede qualquer.
— O que?
— Eu disse aquelas coisas porque estava frustrado, e descontei em você.
— Então você não acha que eu sou um fracasso? Porque foi isso que você disse ao seu amigo na biblioteca, eu escutei tudo, pai.