𝚌𝚊𝚙. 41 - 𝙰𝚗𝚒𝚟𝚎𝚛𝚜𝚊́𝚛𝚒𝚘

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"A vida é como um livro. Possui um começo, um meio e um fim. A cada dia as páginas viram, retratando uma história que você já conhece o fim, um fim sádico de uma história incompleta, acima de tudo, rasurada, mal escrita por si mesmo".

Emerson Mollin

"Sem perguntas para o passado e sem esperanças para o futuro"

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"Sem perguntas para o passado e sem esperanças para o futuro".
Essa frase nos resume.

Sinto alguma coisa ou alguém encostar em meu braço, um toque delicado que logo se transformou em um abraço, um abraço caloroso que eu sabia bem de quem era, um abraço que me acalma e me traz conforto e paz. Um simples abraço que sempre faz a diferença.

- Tudo bem? - Tiro os fones de ouvido do walkman da Max que ela havia me emprestado.

- Sim. - Boceja. - E você? Não está conseguindo dormir de novo?

- É... - Respiro fundo.

- Tá. - Apoia o queixo em meu ombro.

- Volte a dormir, Nani. - Meneia a cabeça.

- A noite está linda hoje. - Deixa um beijo em minha bochecha e abre a janela, aspirando fundo aquela brisa suave, a brisa que nos faz lembrar de como é estar vivo.

- Hm... Nancy. - Ela olha pra mim com um sorriso gentil no rosto. - Poderia continuar me abraçando?

- Ah, claro. - Abre um sorriso maior ainda e me abraça forte. Coloco o rosto na dobra de seu pescoço sentindo o cheiro que exalava dela, um cheiro de morango que eu adoro sentir. - Robin?

- Sim? - Murmuro fechando os olhos.

- Se não tivesse acontecido esse negócio de zumbis, o que estava planejando para o futuro?

- Por que isso do nada?

- Sei lá... Só estive pensando.

- Bom, meu plano era trabalhar bastante, arrumar uma grana boa e uma picape.

- Hm, continue.

- Enquanto meus amigos e outras pessoas pensavam sobre faculdade e em suas futuras profissões, eu queria apenas sumir dessa cidade. Estava convencida de que a única maneira de experimentar a vida real era fugir para a Europa no verão, parar nas estradas quando anoitecesse e deitar na parte traseira da picape para observar as estrelas na calada da noite, depois continuar a viagem. Eu chamava de Operação Croissant. Tinha mais algumas coisas incabadas para pensar direitinho.

- Operação Croissant? - Solta uma risadinha e eu sorrio.

- Não me julgue, eu era apenas uma pirralha que não sabia de nada.

- Eu achei interessante. - Acaricia meus cabelos.

- Agradeço por eu não ter conseguido completar esse plano.

Sobreviva Ou Morra (Ronancy) G!p Onde histórias criam vida. Descubra agora