𝙲𝚊𝚙. 53 - 𝚅𝚒𝚟𝚎𝚗𝚍𝚘

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Pov. Robin

– SUA MÃE?! - Todos gritaram em unânime. Dei de ombros.

– Caralho! - Vi Nancy ir até a janela e observar a mulher lá fora, perto dos muros, conversando com James. - Não estava preparada para conhecer a sogra.

– É sua cópia, ou você é cópia dela, não sei dizer. - Vickie se juntou à Nancy na janela e em menos de cinco segundos todos estavam na janela olhando para a mulher.

– Sua mãe é casada? - Emily perguntou e eu revirei os olhos.

– Não sei, pergunte pra ela. Não tinha noticiais dela a doze anos. - Suspirei pegando um copo de chocolate quente e me sentando no sofá.

– Que genética incrível. - Escutei Emily com o seu tom repleto de malícia.

– Deus me livre Emily, ela tem idade pra ser nossa mãe. - Ângela deu um tapa na cabeça da irmã que murmurou apertando o nariz dela.

Deixei o copo na mesa de centro e subi para o quarto, me jogando na cama assim que entrei. Respirei fundo tentando acalmar meus pensamentos, levantei e fui até a janela, observando ela. Parece que esses doze anos fez bem pra ela... nem parece ter envelhecido.

– Esse mundo é realmente pequeno. Quem imaginaria que sua mãe estaria morando aqui esse tempo todo? - Ela abraçou minha cintura, deixando um beijo em minha nuca.

– James disse que ela estava atrás da filha, que no caso sou eu. Acho que no meio do caminho para Hawkins, quando a coisa já estava feia, deve ter encontrado esse lugar e ter ficado por aqui mesmo.

– Hm... e se James sabia, porque ele não disse pra você que sua mãe estava aqui?

– Ele falou que ela pediu para não contar, ela não sabia como eu iria reagir, então pediu para deixar para quando voltasse. - Minha mãe olhou para a janela, em nossa direção e sorriu, suspirei e sai de perto da janela. Deitei na cama com a cara no travesseiro e respirei fundo.

Não me sinto mentalmente pronta para ter qualquer tipo de contato com ela, não consigo nem assimilar direito o que está acontecendo. É tanta coisa que minha cabeça parece que vai explodir a qualquer segundo.

Me acalmei e relaxei o corpo assim que senti uma carícia em meus cabelos. Rolei um pouco e deitei a cabeça em seu colo, fazendo carinho em sua coxa.

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Pov. Nancy

Deixei a pequena pá de jardinagem de lado, me sentando ali no chão mesmo. Hoje o dia estava bem quente, apesar de ainda ser manhã. Estava cuidando do jardim da casa (um novo hobby que descobri para passar o tempo) e surpreendentemente sou boa com isso, sem contar que cuidar de jardim é bem relaxante, cansativo; porém, relaxante.

Tirei a luva de uma das mão para limpar uma gota de suor que descia pelo meu rosto, fechei os olhos e aproveitei a brisa fresca que colidiu contra o meu rosto. Levei um susto quando senti algo gelado tocar minha bochecha esquerda, e assim que abri os olhos, fiquei surpresa com quem era.

– Oi... - Deu um pequeno sorriso sem jeito. Porra, até o sorriso é parecido. - Água?

– V-valeu. - Peguei a garrafinha d'água.

– Nancy, não é? - Assenti. - Eu sou--

– Uma, mãe da Robin. - Completei vendo-a balançar a cabeça positivamente.

Ficamos em silêncio por alguns segundos.

– E... Robin está? - Perguntou olhando para a porta de entrada.

Sobreviva Ou Morra (Ronancy) G!p Onde histórias criam vida. Descubra agora