58 - 𝙳𝚒𝚊 𝚍𝚎 𝚕𝚞𝚌𝚛𝚘

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[Dias depois]

Quarta-feira - 13:44

Pov. Nancy

Havíamos acabado de sair de uma farmácia, viemos em grupo atrás de remédios já que o armazém estava quase vazio. Tiramos a sorte grande, conseguimos uma grande quantidade de suprimentos e remédios que duraram bastante, enchemos o caminhão em qual viemos. Nos dividimos em dois grupos de oito pessoas, sempre em contato com o outro grupo, que pelo o que disseram também acharam bastante coisas.

Tivemos que sair da cidade para procurar as coisas, mas por sorte nada aconteceu. Estava sempre de olho em Robin, o tempo todo, como um falcão. Guardei a mochila no caminhão e esperei os outros voltarem de dentro da farmácia. Robin estava dentro do camin--

– Robin? - Abri a porta e arregalei os olhos ao não vê-la ali. Cacete! Eu só tirei os olhos dela por quatro fuck segundos!

Escutei risadas vindas do estabelecimento ao lado da farmácia, uma risadinha que eu reconheci no mesmo instante. Caminhei em passos largos e passei pela porta entreaberta, suspirando aliviada ao ver ela de costas para mim, rindo de alguma coisa que estava vendo.

– Puta que pariu... quer me matar do coração? - A vi me olhar por cima do ombro

– Saca só! - Se virou para mim, arregalei os olhos e corei bruscamente ao ver o que se encontrava em suas mãos, olhando para os lados e ficando ainda mais vermelha ao perceber aonde estávamos - Um pau de borracha com glitter e tudo! Que doideira.

Começou a rir, balançando o negócio em suas mãos.

– Larga isso. - Bati em minha própria testa, negando com a cabeça e rindo de sua animação.

– Eu nunca estive em um sex shop antes. - Caminhei até ela e peguei em sua mão

– Deixa esse troço aí e vamos.

Levamos um susto quando um barulho se fez presente na porta por onde entramos. Só vi quando Robin arremessou o negócio com brilhos na porta, acertando em cheio a cara de quem apareceu: James.

– Aí... - Colocou a mão onde havia acertado e olhou para o chão, onde havia caído o pênis de borracha. Arregalou os olhos e nos olhou.

– Porra... vai dar susto no teu pai, cacete! - Colocou a mão sobre o peito e suspirou rindo logo em seguida.

– Você arremessou a porra de um pênis de borracha na minha cara??? - Segurei a risada, mas não me contive, acabei rindo junto com a Robin. James revirou os olhos e riu também - Venham. Já estamos indo.

Saiu ainda rindo. Nos entreolhamos por alguns segundos e saímos também, rindo sem parar. Entramos no caminhão e Bryan perguntou porque ríamos tanto, o que Robin não tardou em contar o ocorrido de minutos atrás. Bryan riu muito, contando para todos no caminhão, nos fazendo rir mais ainda.

O caminho estava em perfeita harmonia, tranquilo. As vezes precisávamos parar por causa da alguns zumbis no caminho ou carros que atrapalhavam a passagem, mas cortavamos para outros caminhos e seguíamos o nosso destino rumo a nossa casa. Era caminho, mas chegaríamos em breve.

Quando a noite caiu, tivemos que parar em uma casa para descansar já que as estradas ficaram escuras e não podíamos correr o risco de bater em alguns carros. Limpamos a casa, matando três zumbis que se encontravam ali. Conversamos com o outro grupo perguntando se estavam bem. Trancamos as portas da casa e todas as entradas, nos acomodando na casa direitinho.

– Max deve estar pirando. - Robin sussurrou, enquanto deitava a cabeça em meu ombro - Dissemos que voltaríamos no mesmo dia.

– Ela sabe que estamos bem. - A tranqulizei, ouvindo-a respirar fundo e deixar um beijo em minha bochecha, segurando minha mão.

– Encontramos na geladeira, parece estar em ótimo estado. Isso está bem raro ultimamente. - Bryan nos entregou duas garrafas de cerveja - É bom para relaxar e descontrair um pouco. Merecemos, depois de tirar a sorte grande hoje.

Pegamos as garrafas e ele se afastou, entregando para os outros que estavam com a gente também. Robin apenas encarou a garrafa, entregando-a para outra pessoa e pegando uma garrafinha d'água. Fiz a mesma coisa, não era muito fã de bebidas alcoólicas.

– Tem três quartos. - James apareceu nas escadas e todos prestamos atenção nele - Faremos a divisão.

– Podemos forrar algumas coisas aqui na sala também, para ficar de olho em tudo. - Bryan comentou.

Assentimos em concordância. Ficamos conversando todos juntos ali na sala, rindo de algumas piadas e comendo algumas coisas que encontramos antes. Deitei a cabeça no colo de Robin, sentindo o sono me consumir aos poucos. Ela acariciou meu rosto gentilmente e eu sorri segurando suas mãos e fechando lentamente os olhos.

Quinta-feira - 8:10 AM.

– Bom dia. - Escutei seu sussurro no pé do meu ouvido. Abri lentamente os olhos, sentindo seus beijos carinhosos em meu pescoço

– Bom dia. - Deixei que um sorriso pintasse meus lábios, suspirando e acariciando seus cabelos.

James insistiu que ficássemos com um dos quartos, mesmo dizendo que não precisava. Então, depois de horas de sua insistência, decidimos aceitar.

– Já estão arrumando as coisas para partirmos. - Chupou levemente alguns cantos de meu pescoço, arrancando suspiros de minha garganta.

Dei um tapa fraco em sua mão após adentrar lentamente o cós de minha calça e ela riu, beijou os meus lábios e se levantou. Arrumamos nossas coisas e saímos do quarto, dando bom dia para as pessoas e ajudando-as com o portão para passar com o caminhão para fora. Entramos rapidamente no caminhão e seguimos nosso caminho novamente, dessa vez sem pausas.

Depois de longas horas, podemos avistar os muros do lugar e o caminhão do outro grupo um pouco mais a frente de nós. Nos aproximamos rapidamente e abriram o portão para que entrassemos. Assim que entramos, um grupo de pessoas nos esperavam do lado de fora do veículo, descemos e James começou a falar para todos o quanto saímos no lucro com essa viagem. As pessoas vibraram em comemoração, nos agradecendo pelo nossos esforços.

Logo podemos ver um grupinho mais a frente, o nosso grupinho. Corremos até eles, sendo recebidas por abraços de todos ali. Olhei para meus pais que estavam ali perto, minha mãe correu para me abraçar e abraçar Robin, juntamente de Uma e Holly que pulou no colo de Robin. Olhei para meu pai, o qual continuou sem movimentar um músculo, não expressando nada. Ele se virou para um homem qualquer e começou a conversar com ele.

Suspirei, mas apenas ignorei, assim como estivemos fazendo durante esses dias. Um ignorando o outro.

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Sobreviva Ou Morra (Ronancy) G!p Onde histórias criam vida. Descubra agora