Sobreviva Ou Morra (Ronancy) G!p

𝙲𝚊𝚙. 50 - 𝙾𝚗𝚍𝚎 𝚟𝚘𝚌𝚎̂𝚜 𝚎𝚜𝚝𝚊̃𝚘?!

Robin sabia que deveria esperar no tempo certo, Nancy disse que iria falar para seus pais sobre seu relacionamento com a loira, mas até quando Robin teria que esperar? Já fazia uma semana e até agora nada. Ela só queria que voltasse ao normal, queria poder acordar com a garota a qual se designava como sua namorada, dormindo ao seu lado sem precisar fugir antes do amanhecer, queria poder abraçar ela a qualquer momento sem Nancy ficar com medo que seu pai ou amigos dele estejam por perto, mesmo não estando.

Ela entendia o medo que Nancy tinha sobre a reação de seus pais, de seu pai no caso, até porque sua mãe era a pessoa mais dócil e gentil, parecia que ela sabia sobre o relacionamento de sua filha com Robin e pelos sorrisos que dava quando via as duas discretamente juntas, aceitava. 

– O que foi? - Perguntou, distribuindo beijos por toda a extensão do pescoço de Robin. - Hm?

– Até quando vamos continuar assim? - Nancy parecia correr desse assunto sempre que era mencionado, dizia que iria contar, que Robin precisava ter calma.

– De novo com isso? - Parou seus movimentos, saindo de cima da loira. - Eu preciso de tempo Robin, não é tão simples.

– Tempo? Já se passaram uma semana. Eu até me ofereci para ajudar você a falar com ele, mas você recusou.

– Eu vou pra casa, não quero ter novamente uma discussão boba pelo mesmo motivo. - Pegou suas roupas e começou a vesti-las. Ela entende a angústia de Robin, mas não é tão simples pra ela. Seu pai é uma pessoa complicada para compreender as coisas e sempre foi cabeça dura.

– Ótimo, fuja de novo com o rabo entre as pernas. - Suspirou pegando suas roupas jogadas em cantos aleatórios pelo quarto. - Eu só queria a minha namorada de volta.

– Eu estou aqui.

– Não, eu quero a minha namorada. Você só aparece no meio da noite, fazemos sexo durante toda a madrugada e quando acordo você já foi embora, você some durante o dia todo, quase nem conversamos, me trata como estranha perto de outras pessoas. Não posso te abraçar, não posso te beijar que você recua rapidamente porque acha que seu pai vai ver ou que alguém irá ver e contar pra ele. Eu entendo que é difícil falar para seu pai, mas qual é? É pedir demais que tenhamos uma conversa como namoradas, sem sexo pelo menos uma vez? Não é que eu esteja reclamando de fazer amor com você, não é nada disso. Só sinto falta de ter você.

– Eu sei, Robin. - Respirou fundo. - Eu também quero isso, também quero conversar com a minha namorada, abraçá-la e beijá-la sem correr, sem ser apenas na cama, tendo que sair escondida no meio da noite para encontrar com você. Mas meu pai--

– Foda-se seu pai. É você ou ele minha namorada? Ele não tem nada a ver com nosso relacionamento, se ele apoia ou não que diferença vai fazer? Nenhuma. Sinceramente, isso já está ficando chato, você depende muito da opinião dele sem dar a mínima pra sua. Por que tem tanto medo? A filha perfeita está com medo de decepcionar o pai?

– Não é isso, você sabe que não é. - Ela abre a porta do quarto, evitando novamente aquele assunto. Sabia que fugir não era o certo, mas não queria brigar com Robin, detestava discutir com ela.

– Eu juro que estou tentando esperar o seu tempo, mas está difícil assim.

– E você acha que é fácil pra mim?? Me poupe, Robin.