Era apenas um dia normal, em um sábado como todos os outros...era o que todos pensávamos. Nunca imaginariam o que estava por vir.
Cidade Hawkins, ou como todos dizem: A cidade "amaldiçoada". Ganhou essa "fama" graças às coisas bizarras que acontecem...
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Sabe aquelasensação de que está tudo dando errado? Aquela sensação de desespero que te faz sentir um aperto no peito? O medo te consome a cada segundo, a vontade de gritar é maior do que a de viver. Aquela sensação de que algo ruim vai acontecer a cada segundo. É desesperador pensar que a qualquer momento, por um deslize qualquer você pode acabar virando uma dessas coisas.
O fato é que não tem saída, ou você morre, ou você luta para adiar a sua morte, porque a morte éinevitável e todo mundo vai morrer um dia.
Respiro fundo e ligo a torneira da pia, jogando uma água em meu rosto.
– Tem comida nos armários, mas é pouca coisa e nem tudo está em um bom estado. - Escuto a porta se abrir e pelo reflexo do espelho vejo Nancy se aproximar, me abraça por trás e deixa um beijo carinhoso em meu ombro. - E você, como está?
– Essa casa não é segura, estamos no meio da cidade. - Ignoro sua pergunta. Como eu estou? Essa é uma pergunta que eu não tenho a resposta no momento.
– É... vamos sair pela manhã, só precisávamos descansar e essa casa era a melhor opção no momento. - Desde que perdemos a cabana, não encontramos um lugar que seja um pouco mais... "seguro", então estamos andando pra lá e pra cá a dias sem ter onde ficar, apenas parando em algumas casas, pegando comida, remédios, água e tudo de extrema importância que encontrávamos, já que perdemos tudo quando a cabana foi tomada por essas desgraças.
As únicas coisas boas que nos restou foram uns aos outros e as armas já que estavam todas no motorhome e não ficaram para trás.
– Estamos todos esgotados. - Admite, soltando um longo suspiro, deitando a cabeça em meu ombro.
– Amanhã teremos um longo dia, é melhor irmos deitar.
– É, principalmente você. Está acontecendo alguma coisa pra você não estar dormindo? - Balanço a cabeça negando. - Robin, sem mentir, se estiver acontecendo algo, quero que me fale para poder te ajudar.
– Só não estou conseguindo dormir ultimamente. Não é nada demais, não se preocupe. - Ela olha pra mim por alguns segundos e suspira deixando um beijo em minha bochecha.
– Vai demorar aí?
– Vai indo na frente, daqui a pouco eu vou. - Assente e sai do banheiro.
Respiro fundo olhando no espelho por breves segundos, saio do banheiro e pego algumas roupas que Nancy havia deixado pra mim há alguns minutos atrás.
